É triste ver o desabafo de quem quer fazer cultura e que é impedido pela falta de vontade de alguns políticos, e infelizmente acontece em todas as cidades, em todos os os níveis, onde os representantes do povo estão contra o próprio povo. Sim... porque cultura é para o povo, mas se bei que povo culto é povo que cobra e sobrando talvez saiba separar o joio do trigo, se é que tem trigo em se falando de politica.
Depois quando vimos o fantástico e o programa "Onde está o dinheiro que estava aqui?" ai entendemos o por quê de tantas coisas.
Leia o desabafo do Presidente da Convenção nativista, ?Dartagnan Portella, tendo que dar esclarecimento de algo que para todos nós, que fazemos cultura, parece coisa banal, mas não é.
NOTA OFICIAL
Caros amigos!
Nos dias 12, 13 e 14 de julho deveria acontecer a IV Convenção Nativista de Júlio de Castilhos, evento cultural de nosso município que consta no calendário oficial e já teve três edições realizadas com sucesso. No entanto, neste ano, é com tristeza que nos dirigimos a todos - músicos, amigos, simpatizantes, colaboradores, apreciadores e incentivadores de nossa cultura Rio-grandense.
Como todos testemunharam, fizemos o possível para impedir que o acontecimento se frustrasse, por entender que a Convenção Nativista, como outros eventos culturais, serve de base para a construção de uma sociedade. O orçamento do município permite a destinação de recurso para o festival e a Convenção Nativista tem apoio da Administração Pública Municipal desde a primeira edição. Mas, infelizmente, nosso propósito cultural encontrou impedimento onde não esperávamos: na Câmara de Vereadores. Na verdade, precisamos compreender a percepção de algumas pessoas em relação à cultura, o entendimento e valores atribuídos à mesma. Com certeza não encontraremos um entendimento razoável para o acontecido.
Entendemos que o município deva atender a todos os segmentos, demandas e necessidades de uma sociedade, visando o bem comum; principalmente, a formação de cidadãos. Da mesma forma, sabemos que o município conta com verbas distintas para cada uma das áreas, priorizando aquelas essenciais, incluindo todas as que envolvem a estrutura administrativa, havendo recurso direcionado a cada uma delas. Porque houve questionamentos? Não poderia também o município investir na cultura? (Neste caso somente 0,2% do orçamento). Só nos resta lamentar e deixar aqui expresso nosso sentimento de profunda tristeza e impotência diante de uma atitude injustificável. Pedimos desculpas, a todos que criaram expectativa pela realização do festival, especialmente aos participantes que se inscreveram, acreditando no propósito de enaltecer a nossa cultura, ainda que não sejamos nós os responsáveis - muito ao contrário, lutamos pelo acontecimento! A maior perda é de quem não terá a oportunidade de vivenciar estes momentos onde a arte, com sua força transformadora, certamente influenciaria na formação de uma sociedade mais politizada e mais consciente. Perde o nativismo. Perde o tradicionalismo. Perde a cultura. Perde a comunidade castilhense. Perdemos todos nós...
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