Ontem foi a de nascimento de Teixeirinha, um artista recordista em vendas de disco, devendo ter chegado a casa de 120 milhões de cópias.
Vitor Mateus Teixeira nasceu na cidade de Rolante, no Rio Grande do Sul em 3 de março de 1927, filho de Saturnino Teixeira e Ledurina Mateus Teixeira teve um irmão e duas irmãs. Com seis anos perdeu o pai, e com nove anos perdeu a mãe, ficando órfão foi morar com parentes, mas estes não tinham condições de sustentá-lo e saiu de sua terra ainda menino seguindo sua caminhada pelo mundo. Aprendeu a ler, nos poucos meses que frequentou a escola, fez sua morada nas muitas cidades por onde passou (Taquara, Santa Cruz, Soledade, Passo Fundo, Porto Alegre), para sobreviver trabalhou em granjas no interior. Seu primeiro emprego foi em Porto Alegre, na pensão de Dona Aide carregando malas, vendendo doces como ambulante, entregador de viandas, vendedor de jornais, enfim fazia qualquer atividade para poder sobreviver. Aos dezoito anos se alistou no exército, mas não chegou a servir. Nesta ocasião foi trabalhar no DAER (Departamento Estadual de Estradas e Rodagem) como operador de máquinas durante seis anos. Dali saiu para tentar a carreira artística cantando nas rádios do interior nas cidades: Lajeado, Estrela, Rio Pardo, Santa Cruz.
Com o coração voltado para a música, nas horas vagas já era solicitado para animar festas, iniciando assim sua carreira com shows. Sem estudar canto nem música, pois sua voz é dom natural que trouxe de berço, possuía muita capacidade de improvisação e repentismo. A beleza simples de suas letras e a melodia comunicativa de suas músicas são frutos de inspiração espontânea gerados por sua vivência, seu amor a vida e aos seus semelhantes. Teixeirinha e Mazzaropi foram os maiores fenômenos populares do cinema sul-americano regional. No caso do cantor gaúcho, seus filmes chegaram a superar 1,5 milhões de espectadores, obtidos apenas nos três estados do sul do país. Eram co-produzidos por distribuidores e exibidores locais, que lhes asseguravam a permanência em cartaz. Sua última produção, "A Filha De Iemanjá" foi distribuída pela Embrafilme com fracos resultados.
Uma análise mais detalhada dos resultados de exibição pode conduzir a uma melhor compreensão da relação regional da distribuição e da exibição. Teixeirinha teve um recorde de venda de discos sendo que até 1983, Lançou 70 LPS e vendeu 88 milhões de cópias. Estima-se que até os dias atuais tenha ultrapassado a marca de 120 milhões de cópias em todo o mundo. Teixeirinha teve 7 filhas e 2 filhos, Sirley; Liria Luisa; Victor Filho; Margareth; Elizabeth; Fátima; Márcia Bernadeth; Alexandre e Liane Ledurina.
Teixeirinha faleceu em 4 de dezembro de 1985, vítima de câncer, e está enterrado no Cemitério da Santa Casa de Misericórdia em Porto Alegre.
Texto de Paulo De Freitas Mendonça
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