quarta-feira, 11 de setembro de 2013

POR QUE NÃO DIVULGAR O CORRETO?

Embora eu não seja um grande admirador, também não me encontro dentre aqueles que não gostam de Os Fagundes (musicalmente falando). Contudo, penso que este sobrenome não precisa de um marketing tão forçado. Deixem que o reconhecimento flua, que venha pelo talento de cada um, pelo merecimento, pelo trabalho que desenvolvem. 

Sei, desde os tempos do programa radiofônico dominical Grande Rodeio Curinga em que Darci Fagundes era um dos apresentadores e que meu pai colocava uma bateria de seu caminhão num velho rádio a válvulas para podermos escutá-lo declamando; desde os tempos em que o Antônio Augusto Fagundes, com seu inseparável casaco de couro preto apresentava com desenvoltura grupos como Os Teatinos, Os Muuripás, Os Cantores dos Sete Povos, etc.. da importância que Os Fagundes tem para a cultura regional do Rio Grande do Sul. 

Por isto mesmo não entendo o porquê de tanto corporativismo, de tamanho esforço da mídia para mistificar Os Fagundes. Eles não precisam disto pois são competentes e, afinal, tem a própria mídia nas mãos. 
Falo isto porque há poucos dias o jornalista Tulio Milman disse que o Canto Alegretense era "o hino informal do Rio Grande". Embora bonita, tal canção faz referência a um município e não ao Estado. Onde fica, nesta história, músicas como Querência Amada, do Teixeirinha, ou Céu, Sol, Sul, do Leonardo?
Agora, em cima da mesma música (Canto Alegretense) a imprensa amiga gasta largos espaços na comemoração de seus 30 anos em detrimento de tantas matérias culturais que ficam no ostracismo.
Vejam bem: trinta. Um número bonito, redondo, bom de ser trabalhado, não dá para deixar passar em branco esta oportunidade... Então: 30 anos de Canto Alegretense, e todos comem pela mão!
Só tem um detalhe: Na realidade, esta composição tem 32 anos. Concorreu na 2ª Tertúlia Nativista de Santa Maria (faixa 06 do velho bolachão abaixo) no ano de 1981.
Por que este marketing goela abaixo? Por que não comemoram 32 anos?

E não existe essa história de 30 anos da primeira execução no Galpão Crioulo, porque aí vão tentar resgatar a primeira vez que foi rodada em rádio, a primeira vez que foi regravada, a primeira vez no mp3, no iPhone.. Até porque eu duvido que iriam esperar dois anos para executar tal música. 
Fonte e texto: Blog Léo Ribeiro

Sem comentários:

Enviar um comentário