terça-feira, 30 de agosto de 2022

ATÉ QUANDO ESSA 'ESTÓRIA' DO BUGIO?

 


Eu vi uma matéria no Jornal NH escrita pelo “jornalista” Ermilo Drews, publicada no dia 28, após a realização do Ronco do Bugio, falando mais uma vez da briga que existe de São Francisco de Paula e de São Francisco de Assis, por conta de quem criou o ritmo bugio, mais uma vez com tendência bairrista e sem nenhum conhecimento. Pois bem, ao senhor jornalista, tenho a lhe explicar:

- Primeiro, quando esses que, hoje, ai estão, escrevendo factoides à respeito do ritmo bugio, SALVADOR FERRANDO LAMBERTY um dos mais conceituados Poetas rio-grandenses e brasileiro, pesquisador, historiador e de uma conduta ilibada, já estava pesquisando o ritmo bugio, que começou na década de 70, mais precisamente em 1976, como os relatos do próprio pesquisador, tempo em que os maiores nomes da cultura ainda estavam nesse plano terreno, tais como Barbosa Lessa, Paixão Cortes, Honeyde Bertussi, Adelar Bertussi, Tio Bilia, Reduzino Malaquias, Aparicio Silva Rillo, Antonio Augusto Fagundes, Telmo de Lima Freitas, entre tantos outros que “falavam” do bugio. E com tamanha maestria e conhecimento, com gravações e documentos, Salvador Ferrando Lamberty, assisense qual à mim, já escrevia, discursava e debatia sobre o ritmo bugio, como o que aconteceu com Honeyde Bertussi, num congresso tradicionalista quando o assunto em pauta foi levantado, se não me engano em Cachoeira do Sul, quando foi lançado o Livro ABC do Tradicionalismo Gaúcho. Onde Honeyde Bertussi deixa bem claro e que posteriormente também fala em uma entrevista na revista lançada pela antiga CEEE, diz Honeyde: 
“EU NUNCA DISSE QUE O BUGIO NASCEU EM SÃO CHICO DE PAULA, QUEM ME FALOU DESSE TOQUE FOI O TIO BILIA”.
Tanto que esse fato é verdade, que no seu disco de 1958 – CASAMENTO DA DORALICIA – o ritmo está como SAMBA RITMADO, porque se ele tivesse criado o bugio, ele tria colocado no disco como ritmo, BUGIO!

- Segundo, uma história não se apaga assim como vocês querem, da noite para o dia em nem a goela abaixo, como muitos querem e se encostam na imprensa para que possa ludibriar a vida de um Povo. Hoje, fala-se no livro de um POLITICO, uma ameaça de músico que não deu certo, mas que tem plata, para QUERER contar uma “estória”, uma aberração histórica que o bugio nasceu com os birivas que compravam a índias, o que não passa de uma ilusão da cabeça de quem quer se promover e encontrou num jornalista sua escora para esse absurdo e me admiro pessoas que tenho tanto carinho e prezo por seu conhecimento, como Léo Ribeiro de Souza, corroborar com essas inverdades, escritas pelo nobre jornalista da Folha NH.

- Terceiro, se há guerra, luta, peleia, para saber quem pariu o bugio isso vem de São Chico de Paula e dos Politicos de lá, porque todos da Fronteira Oeste e Missões sabem que o bugio nasceu em São Chico de Assis e não há necessidade dessa peleia, claro em se falando de mentes pensantes e quem realmente faz cultura, o que não é o caso dos Politicos, que precisam de seus 5 minutos de fama, mas esses, os políticos, hoje estão aqui, amanhã nem lembraremos deles.

- Quarto - que as Prefeituras, as secretarias, as políticas para a cultura se preocupem em colocar nas suas gestões, pessoas competentes e voltadas para a cultura, para que fatos, quais a esses e quais aos que vem acontecendo, que mais parece tosa de porco - muito grito e pouca lã – que os políticos se atentem somente à financiar a cultura, a patrocinar a cultura e que o Ronco do Bugio, esse festival que tenho tanto carinho e apreço e a Querência do Bugio, festival que idealizei e que criei, exatamente para fomentar a pesquisa de Salvador Ferrando Lamberty, por conhecer a sua verdade e a sua história, possam estarem vivos para que não morra essa página tão linda da música e da cultura rio-grandense e, vocês, amigos políticos se concentrem a fazer somente com que mais pessoas possam sorver desse doce amargo da cultura, tão rica dessa cidade, tão linda como São chico de Paula.

E para finalizar lhes garanto, que, nunca houve por parte de quem faz cultura, música, arte, canto, poesia, uma só mágoa de São Francisco de Assis, com São Francisco de Paula, tanto é que por 8 anos venho colocando bugios no Ronco, com a quinta premiação e escrevendo a história de São Chico de Paula, talvez bem mais que seus políticos e historiadores e pasmem, para a decepção de vocês, eu sou de São Chico de Assis, e peleio sim, mas para levar o nome da minha cidade aos quatro cantos desse Pais, porque acima de tudo, sou um filho e amo a terra que tenho, mas isso não me impede de escrever as belezas de outro São Chico.

Desculpem o desabafo, povo Serrano, que eu aprendi a amar e ter um carinho especial.

Paulo Ricardo Costa

SÓ SÃO CHICO TEM! 



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