Eu procurei uma foto que resume esse final de semana no 8º CANTO DO JAGUAR, acho que é filha do Magno Bittencourtt, uma menininha de uns 3 ou 4 anos que cantou no Jaguarzinho, mostrando o quanto a arte e a cultura nos premia...a vida nos premia.
Quero agradecer o Nilton Ferreira, e todos sabem e se não sabem o Nilton é um irmão, mas não essa palavra irmão para apenas se referir a amigo. Irmão de sonhos, irmão de estrada, irmão de tempo, quando o Rio Grande e o mundo se encantava com a arte dos festivais, nós sonhávamos entre as paredes frias de um apartamento na Pinheiro Rocha, na nossa São Chico. Tempos árduos, tempos difíceis, sonhos grandes, momentos escassos...mas nunca desistimo. Agradecendo ao Nilton agradeço a toda a sua equipe, magníficos em tudo, tudo perfeito: Som, comida, as meninas do cadastramento, a copa, a limpeza do banheiros, o moreno da limpeza, o lugar, tudo perfeito. Jaguari nos orgulha por ter um povo assim.
Eu ia escrever sobra a premiação, mas que premiação, onde todos são premiados? onde é a arte, quem ganha? onde o companheirismo e as amizades é o que ficam? Quanto aprendizado e apenas três dias. Quantas amizades conquistadas, em apenas três dias. Quanto carinho das pessoas, que não são do meio, mas nos olham com olhar de afeto, de carinho, e quando uma pessoa te abraça e te agradece por ter feito algo bonito, ela não se dá conta que é nós que devemos agradecê-la, pois são pessoas quais a elas que queremos ouvindo com o coração e muitas vezes com olhos cheios de água. O tema ja dizia isso: Ninguém consegue prender a alma, nem a arte, nem a poesia, e é certo que não vamos mudar o mundo com a poesia, mas se pudermos mudar um pouco a nossa vida nesse mundo, com a poesia, já valeu a pena.
Teria a tantos a agradecer: Meus parceiros de música, Regis Regis Reis e Dartagnan Portella, além dos meus amigos, Patricio Mainada, Rafael Veiga, Pedro Gomes e Diego Machado, que me emocionaram com uma apresentação impecável de uma obra escrita num dos momentos mais dificeis que passamos, DO AMOR QUE VIVE EM MIM, escrita no corredor do quarto 50 do Hospital de Caridade, enquanto na sala de cirurgia, minha Mãe passava por uma longa cirurgia de uma válvula na cabeça e os mentores que me guiam, me ajudaram a escrever esse tema para ela, porque aquele poderia ser o último momento, o que não aconteceu e ela, hoje, está ótima e com muita saúde.
Talvez as pessoas não saibam, mas isso é arte, isso é encontro de arte e são momentos quais a esses que nos fortalecem e são combustíveis para acreditar que nossa arte não tem tarjas, não tem conceitos, não tem regras e os que fazem da arte uma regra, campeira ou urbana, fronteira ou litorânea, serrana ou Missioneira são benzedores de tormenta no agreste do cerrado, onde nem chuva cai.
Obrigado Jaguari, Obrigado Canto do Jaguar, obrigado a todos que nos premiam e nos presenteiam com a arte e com a poesia, pois todos nós somos vencedores.
Que Deus abençoes a todos nós
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