O que seria o orgulho de um povo culto, está morrendo à míngua a cada dia que passa. O modismo, o interesse pessoa e a ganância por dinheiro, está corroendo com a Tradição, tão linda de um povo. Um estado que se alavancou com homens de bota e bombacha, que tinham na palavra e no bigode o respeito, hoje paira diante de um modismo nojento e esculachado.
O Movimento que tenta regular com regrar e normas paira diante das brigas cotidianas pelo poder e esquece de investir no conhecimento de novos valores. A música que sempre foi o ponto forte dessa tradição, hoje pena num Nativismo vendido por caraminguados e em músicos, que poderiam serem exemplos para os mais novos, inventando modinhas corriqueiras e nojentas para estarem na mídia.
E os Homens do campo? Os verdadeiros Gaúchos de antanho? Os que ja não morreram por conveniências da vida, morrem de vergonha por ver a Pátria que defenderam por anos, sendo massacrada diante da desgraça do lixo, do que não presta, do minuto de fama.
Os festivais viraram negociata nas mãos de interesseiros. Os CTGs penam na falta de gente, abrindo espaço para as festas de lepo lepo. Os Rodeios viraram arrecadação de dinheiro. O churrasco, ganhou forno elétrio e sal fino. As pilchas, viraram discussão e regramento para venda de livros de regras. As danças, são apoteóticas e malabaristas, onde as prendas em belos vestidos exaltam a grandeza de "um beijinho no ombro". A poesia virou encontro de amigos e de duvidosa aceitação. Os desfiles de setembro, tão esperado pelos gaúchos do campo, virou encontros alegóricos de gaúchos citadinos, para vender ao estrangeiro.
E a Tradição? Que tradição?
Essa morreu a muito tempo, só ainda fala dela, quem tenta tirar proveito dos resquícios de um tradicionalismo. Essa morreu junto com os "Negos Betão", últimos remanescentes de uma cultura que foi linda e que vai deixar muitas saudade.
Silêncio! um minuto de silêncio em memória a Tradição de um povo.
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