Sei que isso não é coisa para mim, são para os órgãos competentes, mas eles não fazem, não devemos esperar por eles. Queremos montar um acervo, para que possam conhecer e ou lembrar do Poeta que tanto nos alegrou com seus versos, bem como divulgar sua obra na web.
Se alguém quiser me ajudar, estou a disposição para receber qualquer coisa que tiverem. Ja seu que a Thasea Piga tem algo lá para mim e quem mais tiver eu fico no aguardo.
Foi-me presentado o livro ALVORADA PAMPEANA de 1978 - que me foi presenteado pelo - Mauro Dias - lá de Santo Antonio das Missões. Grácias amigo.
Vou deixar aqui uma poesia, uma autobiografia autêntica, para ver a grandeza e a inteligência Poética.
SEM LENÇO E SEM DOCUMENTO
Francisco Carlos Sales - Chiquinho
Nunca vi rastro de alma,
Nem corpo de lobisomem,
Nunca vi rico usurário...
que desse camisa a um homem,
Nunca vi viúva faceira,
Que gozasse de bom nome,
E nunca vi cachaça braba,
Que cachaceiro não tome.
Nunca vi tatu sem casco,
Nem lagarto de peiteira,
Jacaré de suspensório,
E burro dar pra carreira,
E o Homem que é inteligente,
Não tapa o sol com a peneira.
Extraviei meus documentos,
Mas pra não haver desconfiança,
Me chamo Francisco Carlos,
Poeta por liderança...
Com sessenta e quatro quilos,
Confirma em qualquer balança,
Um metro e setenta e dois...
É o que a minha altura alcança.
Os cabelos acastanhados,
Os olhos também castanhos,
As sobrancelhas fininhas,
Que nem vareta de estanho,
Respiro só numa venta,
Por isso, às vezes, falo fanho,
O nariz torto e quebrado,
Mas porém, desse tamanho.
Lábios finos, queixo longo,
Debaixo uma cicatriz...
Produzida pro um corte,
Que fui eu mesmo que fiz,
O Pescoço fino e comprido,
E meus versos são bem de raiz,
Dois palmos de um ombro a outro,
Isso o documento diz.
Tenho uma perna mais curta,
Rengueio barbaridade,
Ja Deus quis, que eu me quebrasse,
Seja feita a sua vontade.
Embora para caminhar,
Sinta muita dificuldade,
Mas chegarei no fim da cancha,
Com a mesma velocidade.
Nascido lá em Manuel Viana,
No terceiro Franciscano,
A oito de Fevereiro...
No segundo mês do ano,
Na terra onde a areia branca,
Voa ao soprar do Minuano,
Filho de Dona Erondina...
E do velho Inácio Mariano.
Nem sei quem nasceu primeiro,
Se foram os versos ou fui eu,
Só sei que quando eu nasci,
A rima também nasceu.
Por isso eu não acredito,
Poeta mais do que eu,
E quem achar esse documento,
Me entregue porque é meu.
Foi-me presentado o livro ALVORADA PAMPEANA de 1978 - que me foi presenteado pelo - Mauro Dias - lá de Santo Antonio das Missões. Grácias amigo.
Vou deixar aqui uma poesia, uma autobiografia autêntica, para ver a grandeza e a inteligência Poética.
SEM LENÇO E SEM DOCUMENTO
Francisco Carlos Sales - Chiquinho
Nunca vi rastro de alma,
Nem corpo de lobisomem,
Nunca vi rico usurário...
que desse camisa a um homem,
Nunca vi viúva faceira,
Que gozasse de bom nome,
E nunca vi cachaça braba,
Que cachaceiro não tome.
Nunca vi tatu sem casco,
Nem lagarto de peiteira,
Jacaré de suspensório,
E burro dar pra carreira,
E o Homem que é inteligente,
Não tapa o sol com a peneira.
Extraviei meus documentos,
Mas pra não haver desconfiança,
Me chamo Francisco Carlos,
Poeta por liderança...
Com sessenta e quatro quilos,
Confirma em qualquer balança,
Um metro e setenta e dois...
É o que a minha altura alcança.
Os cabelos acastanhados,
Os olhos também castanhos,
As sobrancelhas fininhas,
Que nem vareta de estanho,
Respiro só numa venta,
Por isso, às vezes, falo fanho,
O nariz torto e quebrado,
Mas porém, desse tamanho.
Lábios finos, queixo longo,
Debaixo uma cicatriz...
Produzida pro um corte,
Que fui eu mesmo que fiz,
O Pescoço fino e comprido,
E meus versos são bem de raiz,
Dois palmos de um ombro a outro,
Isso o documento diz.
Tenho uma perna mais curta,
Rengueio barbaridade,
Ja Deus quis, que eu me quebrasse,
Seja feita a sua vontade.
Embora para caminhar,
Sinta muita dificuldade,
Mas chegarei no fim da cancha,
Com a mesma velocidade.
Nascido lá em Manuel Viana,
No terceiro Franciscano,
A oito de Fevereiro...
No segundo mês do ano,
Na terra onde a areia branca,
Voa ao soprar do Minuano,
Filho de Dona Erondina...
E do velho Inácio Mariano.
Nem sei quem nasceu primeiro,
Se foram os versos ou fui eu,
Só sei que quando eu nasci,
A rima também nasceu.
Por isso eu não acredito,
Poeta mais do que eu,
E quem achar esse documento,
Me entregue porque é meu.
1 comentário:
Linda Poesia,detalhista,sensível! Bom seria poder divulga-la no site de nossa rádio wwww.radiopatriagaucha.com.br, se tivermos permissão claro. Vejo que já se passaram 4 anos desde esta publicação, será que o autor ainda mantém o projeto?
Lica Pereira licaradiopatriagaucha@yahoo.com
Enviar um comentário