sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

A LUZ DA CASA!

Quando "eles" me trouxeram esse tema, A LUZ DA CASA, sem pretensão alguma que não fosse apenas escrever o que recebo, me deparei com um tema muito difícil, por conta da doença da minha Mãe, que está nos últimos estágios do Alzheimer. E escrever sobre temas como Alzheimer, Demência, Mal de Parkson, ou seja, essas doenças que estão mais presentes na vida das pessoas do que se imagina. Posteriormente comentando com algumas pessoas, me deparei que essa enfermidade está em muitas casas e perdura por anos, com um final de vida triste para muitos.

Quando levamos à palco no 13º Canto de Luz de Ijui, na belíssima composição da Taine Shcettert com a interpretação da Taine, muitas pessoas, já nos festival, sentiram o mesmo que senti ao escrevê-la e no sábado, após passar no telão a nossa explicação sobre o tema, muitas pessoas vieram nos cumprimentar, com olhos encharcados e voz embargada por estarem vivenciando o mesmo problema ou até mesmo por ja terem vivenciados esses momentos.

A premiação veio, no festival, com o 1º Lugar e Melhor Melodia, mas o prêmio maior, foi a aceitação do Público para um tema tão importante, que é cuidar dos nossos idosos, visto que, essas enfermidades são mais comuns em pessoas já de uma idade avançada. "De nada adianta fazermos um mundo para nossos filhos se não cuidarmos de quem nos deu tudo, nossos Pais, avós, enfim, nossos idosos"

Deixo aqui para quem quer assistir esse belo trabalho que venceu o 13º Canto de Luz de Ijui -

A LUZ DA CASA!
Letra - Paulo Ricardo Costa
Música - Taine Schettert
Bandonion - João Paulo Deckert
Piano - Fernando Rossato
Contrabaixo - Gustavo Dill
Violão - Márcio Costa
Interprete - Taine Schettert
Seu amor de moça, na pele de louça, sonho e ternura...
Envelheceu ao tempo, com seus lamentos, luz e candura,
As mãos de giz, que num tempo gris, ensinou-me a vida...
E pelos cadernos, acolheu invernos, de alma sentida!
O tempo afano, lhe roubou os anos, belos momentos...
Há cada imagem, ofuscou paisagens, pelo esquecimento,
Lhe fizeram pouco, os fantasmas loucos, pela longa idade,
Nos olhos cansados, ficou um passado, feito de saudade!
Num olhar de luz, carregou a cruz, de todos os filhos...
A dor da ausência, fez a existência, sem perder o brilho,
Um céu estrelado, pousa ao seu lado, anjo sem asas...
Mesmo sabendo, qu’estamos perdendo, a luz da casa!
Seu amor materno, aqueceu invernos, se fez primavera,
E veio o outono, a embrulhar-me o sono, nessas esperas,
Talvez seja o verão, plena ilusão de imagens loucas...
Que afoga a alma, escorrendo a calma e salgando a boca.
Nessa escuridão, em que a solidão, machuca o peito...
O seu carinho, é o único caminho, quando me deito,
Em oração, lhe peço perdão, um tempo mais...
E a gente se vê, sem perceber, Pais dos nossos Pais.







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