Singrando Sonhos
Navego
sonhos no balanço dos meus dias...
Singrando
as águas enquanto o sol pinta à tarde,
Quem
sabe encontre nas barrancas deste rio,
O
que a vida, apartou para ser saudade!
Busco
o silêncio destas águas andarilhas...
Para
encontrar o que o tempo me escondeu,
E
a querência que adormeceu nos meus olhos,
É
a parte doce de um sonho que não morreu.
Componho versos
pra levar junto comigo,
O rio corrente
que foi parte da minha infância,
E junto à amada
possa ter momentos termos...
Pra não me perder
no vazio dessas distâncias.
Refaço os
planos, que já me foram ausentes,
E no silêncio
desta alma que vagueia...
Cevo um mate,
ajujado de nostalgia,
Para matear no
clarão da lua cheia.
Pois
a distância é pequena pra que sonha,
E
os olhos frágeis, sem querer, ainda turva,
Quando
o remanso é cruel numa saudade,
Então
me vejo, navegando, em cada curva.
Sei
que o tempo não dá tempo, velho rio...
E
navegar por esta vida tem rumo incerto,
Mas
no mate, trago o gosto das tuas águas,
E
nos versos posso tê-lo ainda mais perto.
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