quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Porque não me vejam Tradicionalista

As vezes as minhas postagens incomodam muita gente, mas não sei porque? 
Encontrei uma senhora muito simpática, mas com uma língua pior que a minha. Após alguns elogios, ela não se conteve e me "baixou o mango", dizendo-me: 
- Porque tu falas do MTG, tu não é tradicionalista. Qual é o Teu CTG? Tu tens carteira de Tradicionalista? Não aguento mais ver tanta gente querendo ser tradicionalista...E mais umas coisitas que nem vale à pena comentar.

- O que eu fiz? 
Fiquei quieto na verdade, porque se não nossa discussão iria longe e não tinha tempo para isso, mas como sei que ela lê meu blog, vou respondê-la aqui:
Eu, talvez na visão do próprio Movimento não seja Tradicionalista mesmo, o que não me importa de ser ou não ser, acho que não é essa a questão. Tem gente que não joga futebol e escala a Seleção Brasileira. Tem gente que não vai à Missa e fala da Igreja. Tem gente que não é político e fala da política. Tem gente que não faz poesia e nem música, mas fala qual foi a melhor ou a pior música num festival. Porque eu não posso falar do MTG?

Para quem ainda não me conhece, meu Pai foi um dos fundadores do CTG Tropeiro das Missões da Vila Kraemer, no local e ano em que nasci. Participou de diversos Congressos Tradicionalistas... Com o meu primeiro salários aos 15 anos me associei no CTG Negrinho do Pastoreio, onde fiz parte de diversos movimentos no CTG, como: Invernadas de Danças, festivais de música e poesia, encontros de Patrões, criei a biblioteca do CTG (que hoje não existe mais) e a sala de troféus... Fui um do criadores do Grupo Ana Terra... Fui o Criador da Querência do Bugio de São Francisco de Assis, tenho mais de 200 músicas gravadas pelos festivais, com participação nos maiores festivais do Rio Grande do Sul e grupos de bailes, um CD de Poesias e a produção e Participação no DVD de poesias do Galpão da Poesia Crioula de Santa Maria, onde faço parte... com uma dezena de poemas sendo declamados pelos palcos em concursos poéticos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Se  isso não me credencia de poder falar em Tradicionalismo, não sei o que credencia.
Mas faço à mesma pergunta à senhora: 
- O Que faz um Patrão de CTG para ser Patrão e portanto ser Tradicionalista?  E para ser Presidente do MTG, o que fez ou faz para ser Presidente? 
Assim é a vida minha senhora, só num regime fechado(coronelista) é que pode-se associar a ideia de que precisa-se de uma carteira para dizer o que sente uma alma terrunha.
Mas esse é o meu modo de pensar.

Sem comentários:

Enviar um comentário