quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O GAUCHO... RETALHOS DO RIO GRANDE


Joaquim Pedro Salgado e Gaspar Silveira
Martins foram políticos no Rio
Grande do Sul.


O gaúcho Antônio Pinto no
sul do Brasil na década de 50.


O Gaúcho

Ícone lendário da cultura do pampa, o gaúcho ainda existe do interior do Uruguai, Brasil e Argentina.

A parte sul da América do Sul, mais especificamente Uruguai, Argentina e Rio Grande do Sul, compartilham cultura e tradicões semelhantes. A região é conhecida como o berço do gaúcho, um ser quase folclórico dos Pampas, as planícies do sul do continente. Entre as tradições do gaúcho o cozimento da carne é uma das mais importantes e populares. Este tipo de comida é conhecida como churrasco, em Português, ou asado, em espanhol.

O gaúcho é descrito por Félix de Azara como um "marginal colonial cujo negócio era contrabando de gado". Ele ainda diz que "seu trabalho era altamente ilegal; seu caráter lamentavelmente repreensíve" e "seu nível social extremamente baixo". Por muitos anos os gaúchos cresceram em número e "formaram um poder que era temido e mesmo admirado". De acordo com o historiador Dr. José Fachel, o gaúcho era visto como um ser perigoso e era temido por muitos. ele não tinha pouso fixo e andava e fazenda em fazendo trabalhando em troca de comida e um teto para dormir. A etnicidade do gaúcho era muito misturada. Fachel diz que o gaúcho era predominantemente indígena com mistura de escravos negros e portugueses e espanhóis.
No século XVII, jesuítas europeus foram à América do Sul para catequisar os índios locais. Eles se asstenaram em regiões que são o Paraguai, norte da Argentina, sul do Brasil e Uruguai. Lá eles construíram as missões, também conhecidas como reduções. As missões tiveram relativo sucesso e a maior delas tinha alguns milhares de indígenas. Os jesuítas ensinaram aos nativos agricultura e importaram gado europeu para ajudar no serviço de campo, puxando carretas e arando. Auguste de Saint-Hilaire, um aventureiro europeu que viajou por todo o pampa no século XIX, escreveu nos seus diários o relato de quando encontrou uma mulher que conviveu com os jesuítas. "Entre os índios, eu vi apenas uma mulher que viveu com os jesuítas e ela fala dos seus nomes com profundo respeito; muitos Guaranis ouvem seus pais e avós falarem dos jesuíras dizendo que controlavam a região e era uma era de felicidade".
Após o Tratado de Madri, em 1750, assinado entre os reinos da Espanha e Portugal, os missionários no Rio Grande do Sul recusaram-se a deixar a região e se mudar para o outro lado do Rio Uruguai. O tratado delimitava as fronteiras entre os dois reinos e as missões deveriam se manter em território espanhol. Os índios se revoltaram as guerras guaraníticas se iniciaram. A guerra só foi terminar depois da destruição das missões em 1756. Depois da guerra, muitos índios ficaram sem casa e seu gado estava livre a pastar pelo vasto pampa. Estes índios sem terra se tornaram os primeiros gaúchos e após 150 anos, o gado selvagem se espalhou pelo pampa, se tornando uma importante fonte de alimento.

Fonte: Blog Retalhos do Rio Grande

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