terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Aos Tauras do Arreio


Os centauros de São Gabriel, SAUDOSO !!!José Machado.
O primeiro da esquerda para direita acocado!!!!
"MUITA SAUDADE AMIGO VELHO"!!!!!!!!''De tanto gastar sovéus!
perderam a conta dos calos, sempre ajeitaram cavalos, pra serventia dos "basto,
trouxeram auroras de arrasto, junto as esporas crinudas, ponchos de "alla" nas cinturas e os chapelões bem tapeados, sombreando sonhos alçados 
- zombando tempo e lonjuras...
Alguns foram e alguns ainda são habitantes do arreio! 
São os senhores do estrivo! Não são os mesmos da tribo que enfeitam cartões postais, esses encilharam baguais com pradarias no olhar, sabem de golpes no ar, e de tirões campo a fora, quando um "pavena" se atora, cambiando o céu de lugar...
Assim é a sina dos quebras!
que ensebam as "de garrão" quando a lua num tirão, vem arrastar madrugadas, ai mistério nas mateadas, e no olhar dos melenudos, que acreditão nos jujos, e num bocal bem sovado, tropilha xucra é um pecado, pra quem tem alma nas puas...
Pois mal o sol cruza nas frinchas!
listrando o negror dos ranchos, e as nazarenas dos ganchos, lhe saltam nas garroneiras, duas estrelas boieiras, com ganas de pêlo mouro, que brilham no céu dos couros, quando um potro corcoveia. É lindo ver num palanque, um ventena cosquilhoso, desses que arrancam o toso, lambendo o chão da mangueira, pra quem tem alma campeira, este convite é um "REGALO" e esses não deixam cavalos, com ânsias de estrada e poeira...
Nem o rigor dos invernos!
muda a feição desses tauras, tão pouco o lombo dos maulas, lhes tiraram tino e razão, pois quando o braço fraquejo, lhes sobraram n'alma destreza, e anseios de um redomão. Já no final da jornada, quando o chiar das cambonas, empecam cantigas velhas, para anunciar a mateada, um taura, afina a guitarra, e ensaia um verso a preceito, quer ver se peala de jeito, os chucros olhos da amada...
Outro, co'a idéia distante!
- lá pela banda oriental - ajeita basto e bocal, mordendo um "toco" apagado. - Ginete ninguém segura - tá "lejo" a semana santa, mas já está de mala pronta, rumo as "Criollas del Prado".
Assim vão cruzando a vida! 
tropeando o próprio destino, 
golpeando algum sonho antigo 
que se perdeu pelos pagos 
ou na ilusão dos teatinos''.

Sr. Zé Machado, Anélio Marinho, Ademar Silva, Clovis Lacerda, Juvencio, Piriquito e outros tantos..
E uma eterna admiração, a esses homens gaúchos, que deixaram seus rastros, em cada lugar que pisaram, em cada pingo que montaram e com suas humildades chegaram a onde chegaram...!
‎''De tanto gastar sovéus!
perderam a conta dos calos,
sempre ajeitaram cavalos,
pra serventia dos "basto,
trouxeram auroras de arrasto,
junto as esporas crinudas,
ponchos de "alla" nas cinturas
e os chapelões bem tapeados,
sombreando sonhos alçados
- zombando tempo e lonjuras...

Alguns foram e alguns ainda são habitantes do arreio!
São os senhores do estrivo!
Não são os mesmos da tribo
que enfeitam cartões postais,
esses encilharam baguais
com pradarias no olhar,
sabem de golpes no ar,
e de tirões campo a fora,
quando um "pavena" se atora,
cambiando o céu de lugar...

Assim é a sina dos quebras!
que ensebam as "de garrão"
quando a lua num tirão,
vem arrastar madrugadas,
ai mistério nas mateadas,
e no olhar dos melenudos,
que acreditam nos jujos,
e num bocal bem sovado,
tropilha xucra é um pecado,
 pra quem tem alma nas puas...

Pois mal o sol cruza nas frinchas!
listrando o negror dos ranchos,
e as nazarenas dos ganchos,
 lhe saltam nas garroneiras,
duas estrelas boieiras,
com ganas de pêlo mouro,
que brilham no céu dos couros,
quando um potro corcoveia.

 É lindo ver num palanque,
um ventena cosquilhoso,
desses que arrancam o toso,
 lambendo o chão da mangueira,
 pra quem tem alma campeira,
este convite é um "REGALO"
e esses não deixam cavalos,
com ânsias de estrada e poeira...

Nem o rigor dos invernos!
muda a feição desses tauras,
 tão pouco o lombo dos maulas,
 lhes tiraram tino e razão,
pois quando o braço fraquejo,
lhes sobraram n'alma destreza,
e anseios de um redomão.

Já no final da jornada,
quando o chiar das cambonas,
empeçam cantigas velhas,
para anunciar a mateada,
um taura, afina a guitarra,
e ensaia um verso a preceito,
quer ver se peala de jeito,
os chucros olhos da amada...

Outro, co'a idéia distante!
- lá pela banda oriental -
ajeita basto e bocal,
mordendo um "toco" apagado.
 - Ginete ninguém segura -
tá "lejo" a semana santa,
 mas já está de mala pronta,
 rumo as "Criollas del Prado".

Assim vão cruzando a vida!
tropeando o próprio destino,
golpeando algum sonho antigo
que se perdeu pelos pagos
ou na ilusão dos teatinos''.

Sr. Zé Machado, Anélio Marinho, Ademar Silva, Clovis Lacerda, Juvencio, Piriquito e outros tantos..
E uma eterna admiração, a esses homens gaúchos, que deixaram seus rastros, em cada lugar que pisaram, em cada pingo que montaram e com suas humildades chegaram a onde chegaram...!

Fonte: Emerson Fernandes

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