quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Se a caso um dia...

Se acaso um dia a saudade bater à porta...
E o teu rancho ainda silenciar na solidão,
Busco lonjuras no vazio desses campos,
E cutuco o pingo pra esbarrar no teu portão;

Antes que lua acenda o quarto de minguante,
Terei segredos que ainda guardo, por serem teus,
E na quentura desses mates madrugueiros...
Teus olhos lindos trarão a luz aos olhos meus;

Se acaso um dia uma lágrima trouxer a dor...
Dessas saudades que machucam o coração,
Busco as estrelas e a poesia que há na noite,
E peço ao vento pra transformá-la em canção;

E entrego a ti, a mais rara de todas as flores...
Essas que enfeitam a sombra dos rochedos,
Pra quando o sol repontar a barra do dia...
Terás meus braços à proteger os teus medos;

Se caso um dia a saudade bater à porta...
E a minha imagem estiver viva pelos retratos,
Talvez encontre no aconchego das lembranças,
O que a vida, ainda guardou, para ser de fato!

Pois no silêncio dos meus sonhos tu és vida,
Mesmo distante tu ainda vives junto à mim...
Porque o amor é flor rara que nunca morre,
Mesmo que esqueçam de regar o seu jardim!

Há dias não deixava versos aos amigos, esse foi dessa madrugada, espero que gostem!

2 comentários:

Anónimo disse...

lindo poema, abraço amigo Paulo Ricardo

Anónimo disse...

sempre escrevendo lindos poemas gaúcho, é mais um poema lindo, parabéns.

ABRAÇO.

CRISTISNE NOSCHANG

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