sábado, 29 de novembro de 2014

Grupo Floreio premia em Festival

O Grupo Floreio, que tem a frente um dos maiores acordeonistas da nova safra meu amigo Zézinho leva mais dois prêmios para enfeitar o rancho da família Claro, 3º Lugar e Música mais popular da 2ª Aldeia da Canção Gaúcha de Cachoeirinha, festival esse junto com o Rodeio do Mercosul, um dos maiores encontros de Tradição do Rio Grande do Sul.
Todo prêmio sempre é bem vindo, mas premiar com um letra que retrata a lida campeira na sua essência e na grandeza instrumental do Grupo Floreio, nos dá a certeza que esse Rio Grande se renova a cada dia. 
NA OUTRA PONTA DO LAÇO um letra modesta que retrata da lida cotidiana de outros tempos, do gaúcho pachola e da verdade estampada nas estrelinhas da cada verso.

Essa foi uma letra feita especialmente para o Festival da Vacaria, que também tem seu rodeio, mas não foi agosto da comissão avaliadora daquele festival, que embora respeitamos, não entendemos, como pode que, uma música que não vai a gosto de uma comissão possa premiar e fazer sucesso com o povo de outra localidade. 
Dai tiro duas conclusões ou quem analisa as músicas na triagem de  um festival já tem as suas cartas marcadas ou realmente tem um gosto muito ínfimo, não se dando conta do que pode ser melhor para o público, que é, na verdade o consumidor final ou não de um produto musical. Mas certamente que todas as músicas que estiveram na Vacaria são de melhor qualidade, agora o povo pode comparar.
Essa música, também, ja faz parte do Novo CD do Grupo Floreio.

Na outra ponta do laço!
Paulo Ricardo Costa e José Claro(Zézinho)

Doze braças,  bem sovado,
Da argola até a presilha,
Um armadão de oito metros,
Quatro voltas de rodilha,
Se soltando campo afora,
Num socadão de coxilha,
Buscando a toca dos "oio",
Na lágrima d'uma novilha;

Quem se criou campo afora,
Laçando por precisão...
Numa cancha de rodeio,
Não bota laço no chão!
Sou da lida e me garanto,
Montado sei o que eu faço,
Trago o Rio Grande "acabresto",
Na outra ponta do laço;

O laço, o braço e o pingo,
São três armas que conheço,
Pra fazer zebua alçada...
Buscar, de volta, o começo,
Eu sou da Pátria gaúcha,
O campo é meu endereço,
E o laço atado nos tentos...
Pra mim, não é, adereço;

Quando alguma se desgarra,
Pegando o rumo do mato,
O Mouro corta o caminho,
E o doze braças, desato...
Eu garanto que te busco,
Num cortadão, campo afora,
Pois acho até desaforo...

Deixar uma rês ir embora;

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