quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Professor Moacyr Flores fala do Acampamento Farroupilha

Moacyr e sua máquina de escrever | Foto: Cleber Dioni Tentardini
Recuperado de uma cirurgia intestinal, aos 84 anos, o historiador Moacyr Flores está em plena atividade.
Escreve uma peça de teatro e, nesta terça feira, no Círculo de Pesquisas Literárias, apresentou seu último livro “Manifesto Republicano de 1838”, que tende a cair como uma bomba no Acampamento Farroupilha, onde já começaram as comemorações do 20 de Setembro, para exaltar os heróis da Guerra dos Farrapos.
O historiador não desdenha da importância do fato histórico.
Diz ele na abertura do livro: “A Guerra Civil dos Farrapos ou Revolução Farroupilha é um dos maiores acontecimentos da história do Brasil, pois pela primeira vez no Império existiu uma República funcionando durante quase nove anos com ministérios, tesouro nacional, serviço de correio, Assembléia Legislativa, relações diplomáticas e soberania de governo”.

A ressalva vem a seguir: “Ao confrontar a documentação nota-se que há uma tradição inventada que se renova a cada Semana Farroupilha. Cidades como Porto Alegre, Rio Grande, Rio Pardo, Pelotas, São José do Norte lutaram do lado do Império e atualmente realizam comemoração da guerra civil, como se os antigos habitantes tivessem apoiado os farroupilhas”, diz Flores na introdução de seu livro.
Ele diz que o Acampamento Farroupilha, em Porto Alegre, ” apaga da memória o fato de a capital provincial ter expulso os republicanos e resistido ao cerco dos rebeldes e, por isso, ganhou o título de Leal e Valerosa”.

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