sexta-feira, 28 de março de 2014

E agora José? E o Bugio!

Estou fazendo uma pesquisa sobre a vida e obra de Honeyde Bertussi e me deparei com um texto, muito importante, na revista Som do Sul, na página 7 onde diz depoimentos, diz assim, entrevista de Honeyde Bertussi para Airton Pimentel em 1990


"Quando eu era guri havia a habanera, que era muito lenta para baile e o tanguinho, que era uma habanera mais rimada. Os gaiteiros começaram a fazer uma coisa mais alegre e dai "Os Bertussi" nunca gravaram vaneirão, mas samba campeiro. A execução do bugio também só foi possível quando a gaita ofereceu mais recursos. Quem tem um pouco de conhecimento de divisão musical sabe que o bugio nasceu do contrapasso. Eu também nunca disse que o bugio nasceu em São Francisco de Paula. No Juá houve um quilombo. A família Leitão, ali de perto, possuía uma boa gaita de 48 baixos. Muito ouvi falar de um negro chamado Vergílio que dizia que era um baita gaiteiro e tocava muitos bugios. Também meu avô me disse que, no início do século, amanheceu num baile dançando contrapasso e bugio, e isso foi nas primeiras décadas do século!.


Com esse pequeno texto de um dos, se não, o mais célebre dos gaiteiros desse estado, que o bugio NÃO nasceu em São Francisco de Paula, pois é, tivesse nascido, como muitos querem que seja, essa "Celebridade" seria uma pessoa muito desinformada. E diferente das pesquisas que existem sobre o tal rítmo, o Sr. Honeyde Bertussi cita as fontes e épocas, nos dando a certeza que o bugio é de São Francisco de Assis, como conta na Pesquisa de Salvador Ferrando lamberty, embora muitos não queriam.

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