sexta-feira, 5 de abril de 2013

Texto de quem sabe o que diz...

Algumas pessoas são realmente eternas dentro da gente... mas é lá que devem ficar... num lugarzinho especial, onde serão sempre lembradas com carinho... Mais do que isso, pode gerar dor, pois a saudade, quando alimentada, dói demais e nos afasta do caminho que precisamos trilhar aqui... Muita lágrimas, muitos versos, muitas lembranças tortas... É hora de absorver o ensinamento de cada momento, de cada experiência, de cada perfume que o vento carrega pra longe de nossos corpos... Hoje... aprendi uma lição... Aprendo lições todos os dias, mas resisto a algumas e me acostumo com a reincidência do acomodar-se... Hoje, resolvi pôr em prática uma lei... Vou ouvir mais e me permitir dar as mãos à inspiração dos que acreditam no desprender-se das coisas que machucam... Quero só a lembrança boa... sentir os pés confortáveis, mesmo que descalços... e sentir o vento cantando e brincando com as folhas que se desprendem sem reclamar... Comungar de cada amanhecer como uma nova chance para fazer diferente ou, dar continuidade a tudo que for livre de "egos" e "privilégios"... 
Quero enfim, me proporcionar um tempo novo... 
Quero ver as flores, cheirá-las e deixá-las ali, onde outras pessoas poderão compartilhar de sua beleza... Quero lavar a cara e não precisar usar das tintas para fazer surgir uma pele que melhor se assemelhe ao que o mundo elegeu como o "belo"... Quero optar por não pintar as unhas, se minhas mãos parecerem mais limpas, sem o brilho do esmalte que as ornamenta... Quero calar e recolher-me e não mais procurar por palavras que me alegram por breve momentos, apenas... Quero ouvir somente a música que o poeta compôs para mim... Não digas mais que amas, se o teu amor é condicional... Se acaso seja "incondicional", guarde-o e revele-o em teus versos somente, pois tudo o que há na natureza infinda, se encarregará de entregá-lo a mim... Sou livre agora, desprendi-me das correntes de um passado que me fazia prisioneira de um amor maior que eu... E por isso, não suportei carregá-lo sozinha... entrego-te, vento! leve-o e espalhe-o por sobre os montes... por sobre o mar que me fascina e por sobre os vales que me escondem nos silêncios dos ecos de cada som...


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