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Estouro de tropa!
A tropa vinha ao tranquito no vazio de um corredor,
E o tempo se armando feio pra os lados do chovedor,
Na ponta, dois tordilhos, trazendo marcas de flor,
E na culatra, três picaços, vão tenteando o fiador.
O vento chegou batendo, dobrando poncho e chapéu,
E o dia já se fez noite preteando as nuvens do céu...
A tropa que vinha ao tranco se parou num escarcéu,
Só se ouviu aquele estouro, se bandeando ao beleléu.
REFRÃO:
São gritos de êra boi e espalharam-se os tropeiros,
Quem tem pata de cavalo não se perde no entrevero...
Desabando o céu em raios sob o manto do aguaceiro,
É num estouro de tropa que se conhece os campeiros.
A vida ficou mais bruta para quem lida com boiada...
A grito e dente de cuscos bota-se a tropa na estrada,
A chuva batendo em manga, de poncho e alma lavada,
Quem tem crioulo no arreio não tem de tropa estourada.
O bom campeiro se conhece quando o pingo galopa...
E o poncho guarda nas asas a chuva fria que ensopa,
Só com um cabo de reio, se um aspa fina que me topa...
E as patas do meu gateado para um estouro de tropa.
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