sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Sesmaria da Poesia Gaúcha - 18ª Quadra


Amanhã, a cidade de Osório, lá no litoral do estado, estará recebendo os apaixonados pelo verso, na 18ª Quadra da Sesmaria da Poesia Gaúcha. E nós lá estaremos, eu, Fabrício Vargas e Adão Quevedo, levando o que há de mais modesto em forma de verso, ROMANCE DE LUA GRANDE(Uma história do próprio Fabricio, que se transformou em verso, de um romance inacabado, mas que partiu).

Há 3 anos, aproximadamente, quando entrei, a convite do próprio Fabrício no meio da Poesia, muito ouvi falar da Sesmaria da Poesia Gaúcha, sua dimensão e a sua importância no meio da Cultura do Rio Grande do Sul. Tão grande que era a distância que tinha da Poesia, que muito fui estudar e cheguei assistir mais de 30 DVDs de Poesia, sendo 12 da Sesmaria, e pude ver, o quão grande é, esse evento para quem vive no meio da Poesia.
Pois é, para mim era muito distante, com a forma simples e modesta que sempre vivi, não me passava pela cabeça um dia estar no palco da Sesmaria, pelo menos por enquanto, visto a quantidade e a qualidade dos Poetas do Rio Grande do Sul, manancial que ainda estou distante de fazer, pois me considero apenas um esforçado no meio poético. Mas agora estou lá, estarei lá e com o peito orgulhoso de saber que, nessa minha estréia no Palco abençoado da Sesmaria, talvez seja o mais novo, o que tem mais a aprender e menos a somar, visto que, passarão por esse Palco os grandes nomes da Poesia do Rio Grande do Sul, certamente com poemas memoráveis.
O Fabrício Vargas apesar da pouca idade já é um veterano pelos Palcos onde declama e  ainda mais com a guitarra abençoada de Adão Quevedo esse mestre das escritas, das melodias e de tirar acordes da 6 cordas do pinho, nisso não me preocupo. Minha preocupação é de colher mais e mais, e aprender com os mestres da poesia a forma mais singela de tirar da alma a pureza do verso.
Grácias à meu bom Deus...e que siga conosco nessa árdua missão que é de levar arte e cultura pelos palcos onde andamos.

Marco Antônio e Sílvio Ricardo deixam a rádio Santiago para assumir a Central FM


Sílvio e Marco, há anos companheiros de
tradicionalismo na Santiago AM.

Os radialistas Marco Antônio Nunes, com 25 anos de rádio Santiago, e Sílvio Ricardo de Paula, com 18 anos atuando na mesma emissora, assumem, nos próximos dias, um novo desafio profissional. A dupla, que é sucesso nas tardes da tradicional emissora AM, vai deixar a rádio Santiago para assumir a coordenação da comunitária Central FM.

A emissora comunitária nasceu das mãos do empresário Éldrio Machado. Éldrio continuará mantendo relações com a rádio.

A notícia pegou a todos de surpresa, justamente porque Marco e Sílvio são os comunicadores mais populares da rádio Santiago e há anos estão juntos nos programas de música gaúcha. O bom humor durante a apresentação dos programas foi o responsável pela popularidade dos radialistas.

Fonte: Blog Rafael Nemitz

Nilton Ferreira Prepara um DVD especial


Nilton Ferreira
Bom dia.
Neste fim de semana estive em Em Cruz Alta e Passo Fundo.
Bueno.
Depois de 26 anos de carreira musical estou me preparando pra gravar o meu primeiro registro em DVD da carreira.
Como nunca fiz musica sozinho eu procurei amigos pra me ajudar escolher repertório.
Primeiro foi aqui mesmo pelo faceboock e depois juntei todas às musicas que compus ao longo desses anos todos.
Totalizei 441 música de autoria e 195 que os amigos me deram o privilégio de interpretar.fiz uma prévia das 441 tirei 196 e levei em mãos a passo fundo na casa do meu amigo Ivaneu Feline e a Glaucia,e lá me juntei aos amigos Rômulo chaves e a bruna e o Marcelo da Soma produções e depois de um churrasco , um vinho ,suco pro amigo Rômulo muita prosa do mercelo e uma triagem que se estendeu até as 5 horas da manhã de domingo e claro Rômulo chaves apavorado por ter que deixar algumas musicas de fora dessa primeira seleção ,mas como o projeto prevê 18 musicas então chegamos a conclusão.

1º-DVD
1-AGUACEIRO-
PAULO RICARDO COSTA/NILTON FERREIRA.
2-RITUAL DE CAMPO-
NILTON FERREIRA NENITO SARTURI/ NILTON FERREIRA
3-NAS CRUZ DO MEU ZAINO-
RAFAEL CHIAPETTA/LTON FERREIRA
4-DE FLETE,CUSCO E CHERENGA-
LAURO CORREA SIMÕES/NILTON FERREIRA
5-PARTEJANDO-
ELENO CARDEAL/ZULMAR BENITEZ
6-NO IMPÉRIO DAS ESTÂNCIAS—
JOÃO RIBEIRO/ALVARO FELICIANI , NILTON FERREIRA
7-ANTES DA SOMBRA DO TARUMÃ-
GUJO TEIXEIRA/NILTON FERREIRA
8-NOSSOS AMIGOS-
CARLOS OMAR E JOÃO ARI FERREIRA/NILTON FERREIRA
9-NO TRONO DOS BASTOS-
NENITO SRTURI/NILTON FERREIRA
10-COM PERMISSO-
CARLOS OMAR/NILTON FERREIRA
11-NOS VARZEDOS DA FRONTEIRA-
MANO MISSIONEIRO/NILTON FERREIRA
12-PRA QUEM FAZ CAMA DOS ARREIOS-
SALVADOR LAMBERTY E PAULO RICARDOCOSTA/NILTON FERREIRA
13-INVENTÁRIO-
JUCA MORAES, RODRIGO BAUER/NILTON FERREIRA
14-PRESTANDO CONTAS-
NILTON FERREIRA
15-PRAQUEM ESCORA NO BRAÇO-
MARCO ANTONIO NUNES/NILTON FERREIRA
16-O ZAINO DO MULATO-
EDILSON VILLAGRAN/NILTON FERREIRA
17-CANÇÃO PARA UM PEÃO SOLITO-
JAIRO LAMBARI FERNANDES/ALVARO FELICIANI ,NILTON FERREIRA
18-PRAQUEM DOMA-
ROMULO CHAVES /NILTON FERREIRA

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

César Oliveira & Rogério Melo e Os Serranos são indicados ao Grammy Latino

Ambos concorrem na categoria Melhor Álbum de Música Brasileira de Raiz
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Os SerranosFoto: Divulgação / Divulgação

Marcado para o dia 21 de novembro, em Los Angeles, o Grammy Latino deste ano tem ritmos gaúchos em sua lista de concorrentes. Dois álbuns listados na categoria "Melhor Álbum de Música Brasileira de Raiz" são oriundos do Rio Grande do Sul: Era Assim Naquele Tempo...!, de César Oliveira & Rogério Melo e Os Serranos Interpretam Sucessos Gaúchos Vol. 3, d'Os Serranos.

Era Assim Naquele Tempo...! é o 12º álbum da carreira de César Oliveira & Rogério Melo e inova ao acrescentar ao seu trabalho referências da música latino-americana, em canções como as vaneras Amanhecido e No Rastro da Lua Grande. Já Os Serranos repetem no álbum concorrente a fórmula de sucesso dos projetos anteriores – regravando clássicos do cancioneiro gaúcho com novos arranjos.

Confira que são indicados:


MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA BRASILEIRA DE RAIZ
César Oliveira & Rogério Melo, "Era Assim Naquele Tempo...!"
Os Serranos, "Os Serranos Interpretam Sucessos Gaúchos Vol. 3"
Elba Ramalho, "Vambora Lá Dançar"
Vários, "Salve Gonzagão 100 Anos"
Vários, "Sob O Olhar Januarense / O Velho Chico - Volume 1"

Fonte: Jornal Zero Hora

Shows 46ª Expofeira de Santa Maria


Confira o mapa da Expofeira. Foto: Divulgação

A 46ª Expofeira Agropecuária de Santa Maria abriu os portões para o público na manhã desta quina-feira, 26

Os visitantes encontrarão no Centro de Eventos da UFSM um Pavilhão de Exposição Comercial, Feira dos Distritos, estandes para vendas de implementos e máquinas agrícolas, assim como mostras de artesanato e culinária.

A feira acontece de 26 a 29 de setembro, e pode ser visitada das 9h às 23h30. O valor do ingresso é R$ 6 a entrada normal, e R$3 para idosos e crianças até 12 anos. Os ingressos podem ser comprados de um dia para o outro.

Confira os shows da 46ª Expofeira:

Quinta-feira (26/09)
19h – Banda Tudo di Bom (TDB)
21h – Sandro e Cícero

Sexta-feira (27/09)
18h -Comparsa Sureña
19h – Gisele e Maninho
21h – Shana Müller

Sábado (28/09)
18h – Jordana Henriques
19h – Kelvin e Klaus
21h – Luiz Marenco

Domingo (29/09)
16h – Paola Matos
17h – João Vitor e Márcio
19h – Cristiano Quevedo

Fonte: Portal Extra

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

PEC da Música é aprovada e segue para a promulgação




Apesar do empenho da bancada do Amazonas, Pec da Música foi aprovada sem emendas
VEJA MAIS
Com a presença de vários artistas, como Ivan Lins, Marisa Monte, Francis Hime, e Lenine, o Plenário do Senado concluiu, nesta terça-feira (24), a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 123/2011), do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), que isenta de impostos CDs e DVDs com obras musicais de autores brasileiros. A proposta, que já havia sido aprovada em primeiro turno no dia 11 de setembro em placar apertado, foi aprovada, em segundo turno, com 61 votos favoráveis, 4 contrários e nenhuma abstenção. A chamada PEC da Música será promulgada em sessão conjunta do Congresso Nacional no dia 1º de outubro. Inúmeros senadores se manifestaram em favor do texto, que teve a oposição apenas da bancada amazonense.

O objetivo do PEC é reduzir o preço desses produtos ao consumidor, dando a eles condições de competir com a venda de reproduções piratas. A iniciativa livra de impostos CDs e DVDs produzidos no Brasil “contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham”. O benefício, no entanto, não alcança o processo de replicação industrial, que continuará a ser tributado.

Motivados pelo risco de a desoneração fiscal da produção musical ameaçar a indústria fonográfica e de vídeo instalada na Zona Franca de Manaus (ZFM), os senadores do Amazonas se manifestarem contrários à proposta. Como a isenção se aplica à produção de CDs e DVDs em todas as regiões do país, os senadores argumentam que a proposta poderia diminuir a diferença de tratamento tributário que hoje favorece o polo e gerar o desemprego na região.

- Nós estamos votando uma matéria que vai gerar desemprego em um estado, porque mais de 90% dos produtos – CDs e DVDs – são fabricados com isenção fiscal no estado do Amazonas, na Zona Franca de Manaus – argumentou Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

A bancada do Amazonas apresentou emendas que, se aprovadas, levariam a PEC a voltar para a análise da Câmara dos Deputados. No entanto, todas as emendas foram rejeitadas pelos demais parlamentares, que pediram a urgência da aprovação da proposta e alertaram para o risco da PEC retornar à Câmara.


- Qualquer modificação a esta altura devolve a matéria para a Câmara dos Deputados, e, portanto, voltamos à estaca zero, porque na Câmara pode ir para a gaveta do pré-sal, e daqui a mais uma década está de volta ao Senado -alertou o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).

Apoio

Durante a tarde desta terça-feira (24), a ministra da Cultura, Marta Suplicy, e o deputado Otávio Leite estiveram no gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros, com um grupo de artistas que compareceram à Casa em apoio à matéria. Marisa Monte, Ivan Lins, Lenine, Dado Villa-Lobos, Francis Hime, Rosemary, Sandra de Sá e Paula Lavigne, entre outros, pediram a aprovação da PEC da Música. De acordo com a ministra, a proposta reduzirá em mais de 25% o preço dos CDs, beneficiando músicos, produtores e o público consumidor.

- A PEC é um marco histórico para os músicos brasileiros, porque hoje um músico do interior do Brasil paga mais imposto do que a Madonna para distribuir seu disco no país. Não há justiça tributária nessa questão – declarou.

Otávio Leite destacou que a PEC, além de baixar os preços de CDs e DVDs, também diminuirá, entre 30 e 35%, o preço de venda da música via telefonia, os chamados ringtones, e em cerca de 19% do preço via web.

- Toda cadeia produtiva da música brasileira será beneficiada com imposto zero. O objetivo é fazer com que o brasileiro possa consumir mais barato um produto de uma dimensão cultural que merece esse valor.

De acordo com Renan Calheiros, a PEC “é muito importante para a economia porque a cultura tem que ser vista como uma atividade econômica e não há país rico sem uma cultura próspera”. Após a reunião, o grupo seguiu para Plenário para acompanhar a votação da proposta.

Fonte: Agência Senado

Regulamento da XXI Tertúlia Musical Nativista

Inicia o período de inscrições para a XXI Tertúlia Musical Nativista de Santa Maria. De acordo com a comissão organizadora, o festival está previsto para acontecer nos dias 29 e 30 de novembro e 1º de dezembro de 2013 no largo da Gare - Centro Ferroviário de Cultura – com início às 21 horas. As inscrições estão abertas até o dia 17 de outubro e a triagem das músicas irá ocorrer entre os dias 22 e 24 de outubro. 

Serão selecionadas 20 (vinte) composições para a fase classificatória divididas em duas eliminatórias nos dias 29 e 30 de novembro. Após a eliminatória do segundo dia serão divulgadas as 14 (quatorze) músicas que, em apresentação final na noite de domingo, dia 1º de dezembro, concorrerão à premiação oferecida pelo festival e estarão automaticamente no CD e DVD da XXI TERTÚLIA MUSICAL DE SANTA MARIA.

A Comissão Julgadora será composta por Adair de Freitas, Carlos Omar Villela Gomes, Francisco Alves, Júlio Pereira, Humberto Gabi Zanatta, Nenito Sarturi e Tuny Brum. 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Sesmaria da Poesia Gaúcha - 18ª QUADRA

HOMENAGEADO - MOISÉS SILVEIRA DE MENEZES

Coronel RR da Brigada Militar, graduado em Letras-Português/Espanhol, poeta, compositor, pesquisador. Nascido em Lavras do Sul, passou a infância e a adolescência entre os municípios de Tupanciretã, São Pedro do Sul e Quevedos, onde têm suas raízes afetivas, suas cacimbas de inspiração. Apaixonado pela terra e gente da Pampa Larga, fez sua estreia no campo literário com TAPERA DA ILUSÃO em 1985.
Em 1989 publicou É FOGO! CAUSOS DOS BOMBEIROS, em parceria com Gilberto Kröeff. IMAGENS DO SUL, 2000, poesia, com temática urbana e regional em dois momentos distintos presentes na mesma obra. O seu trabalho DAS MARGENS DO NILO ÁS BARRANCAS DO URUGUAI - UMA VIAGEM PELA GEOGRAFIA DO VERSO, ensaio histórico – poético, é uma declaração de amor á longa caminhada do verso, desde o antigo Egito até os nossos dias, premiado no IV Bivaque da Poesia Gaúcha, de Campo Bom, obteve aprovação como tese no plenário do Congresso Tradicionalista do MTG, em Santa Cruz do Sul, em 1998. Neste mesmo ano editou-se a obra, que em 2006 teve sua 2ª edição, dentro do projeto “IGTF ANO 30”,produzido pela Nativismo Editora. 
Em 2011 editou Tupan-Cy-Retan - Face Missioneira ensaio histórico enfocando a cidade de Tupanciretã no contexto missioneiro. Em 2012 publicou Tupanciretã -Tempo de (In)Confidências, obra que enfoca a literatura oral da cidade de Tupanciretã e de seus cidadãos.
Jurado de eventos de música, poesia e arte declamatória. Membro efetivo da Estância da Poesia Crioula, da Casa do Poeta de Santa Maria, da Casa do Poeta de São Pedro do Sul e da Associação Cultural Zeca Blau de Quevedos. 
Sua obra poética de carácter regional está reunida em parte nos CDs IMAGENS DO SUL e POEMAS & CANÇÕES, no qual estão registrados poemas e músicas finalistas de festivais, interpretados por algumas das mais importantes vozes da arte declamatória e do canto do sul do país.
Integra o Grupo 15 RENASCIDOS que edita a revista CAOSÓTICA, revista literária de circulação trimestral, já em sua trigésima sexta edição.
Trabalha para o futuro próximo as seguintes obras:
- Peregrinas Inquietudes (poesia comentada)
- Quevedos - Sua História. Sua gente(História)
- A Solidão da Palavra (poesia de temática urbana)
- Canção de Andar em Silêncio (CD)


POEMAS CLASSIFICADOS:
Ordem de Apresentação
01) TEMA: Amadrinhador
Autor: Cândido Brasil
Intérprete: Pedro Júnior da Fontoura
Amadrinhadores: Henrique Scholz (violão) Laudemir Benckenstein (serrote)

02) O grande espelho da vida
Autor: Adão Bernardes
Intérprete: Antonio Barbosa
Amadrinhador: Jair Silveira

03) Roça nova, nova roça
Autor: Adão Vargas Dias
Intérprete: Neiton Perufo
Amadrinhador: Marcus Morais

04) Zezinho, meu amigo imaginário
Autores: Carlos Omar Villela Gomes e Bianca Bergman
Intérpretes: Gabriela Oliveira e Jader Guterres
Amadrinhador: Geraldo Trindade

05) Faz tempo sou pé de espora
Autor: Gujo Teixeira
Intérprete: Valdemar Camargo
Amadrinhador: Henrique Scholz

06) Romance de lua grande
Autor: Paulo Ricardo Costa
Intérprete: Fabrício Vargas
Amadrinhador: Adão Quevedo

07) O último voo de um encarvoado
Autor: Maximiliano Alves de Moraes
Intérprete: Liliana Cardoso
Amadrinhador: Jadir Oliveira Filho

08) Frente e verso de quem anda...duas vozes para um mesmo ser
Autor: Luciano Salerno
Intérpretes: Luciano Salerno e Carolina Rempel
Amadrinhadores: Denis Magalhães, Fernando Aguiar e Robson Paines

09) Quando cordas pedem tangos e milongas
Autor: Luís Cesar Soares
Intérprete: Luis Afonso Ovalhe Torres
Amadrinhador: Marcus Morais (violão) Cleonice Nobre(gaita três hilheiras)

10) Dos valores da alma
Autores: Henrique Fernandes e Jadir Oliveira
Intérprete: Jadir Oliveira
Amadrinhador: Jadir Oliveira Filho

11) Faces
Autor: Jorge Claudemir Soares
Intérprete: Douglas Neves
Amadrinhador: Eduardo Dedéco

Salvador Lamberty em Caxias do Sul


Expofeira de Santa Maria


16º Reponte de São Francisco de Assis


20 anos de Querência do Bugio!

Quando aquele "bando de louco" sonhava em fazer um festival em São Francisco de Assis, e andava pelas ruas mendigando para que os ajudassem, ninguém imaginaria que um dia a Querência do Bugio seria reconhecida por esse Brasil. Quantos sonhos, quando momentos de tristeza, quantas decepções, quantas brigas e o "bando de louco" fui ultrapassando todas as barreira e fez naquele longínquo ano de 1993 esse festival que tem a cara e a marca de São Chico de Assis.
Muitos desses loucos andam esquecidos, como: João Carlos Guedes da Luz e sua esposa Gládis da Luz, Idarci Frescura sua esposa Marivone Monteiro Frescura,  Valdenir Guareschi e Marli Guareschi, José Walter Dornelles, Rogério Costa Ayres, Zeli Erbice, Eri Cortes, Gaspar Paines, além de muitos outros como: Fernando Cardoso, Grupo Ases do Fandango, Piazitos do Fandango, Cleber Silva, Beto Côrtes, Valterom Moreira, Luiz Carlos Sudati (Bica) Francisco Ênio Cunha(Kiko) e tantos outros que naquele primeiro ano doaram sangue para a realização desse festival.
Fico com pena dos homens que esquecem o passado e tentam escreve outra história com a pena da falsidade, da injustiça e da insensatez.
Mas o tempo é o senhor dono da verdade e certamente nesses 20 anos de  Querência do Bugio, eu quero pessoalmente ver se encontro, se não todos, uma parte daqueles que com muito esforço nos deram a mão no momento mais difícil, que foi a criação desse grande evento.
Deixo aqui o vídeo da música vencedora do primeiro ano, INHACUNDÁ, RIO DA INFÂNCIA com letra de Flávio Saldanha e música de Adão Quintana Vieira, defendida pelo Grupo Parceria, grupo esse que fez um show quase que de graça, para nos ajudar, fato que eu jamais esqueço.

PABLO NERUDA

Pablo Neruda nasceu em Parral, em 12 de julho de 1904, como Neftalí Ricardo Reyes Basoalto. Era filho de José del Carmen Reyes Morales, um operárioferroviário, e de Rosa Basoalto Opazo, professora primária, morta quando Neruda tinha apenas um mês de vida. Ainda adolescente adotou o pseudônimo de Pablo Neruda (inspirado no escritor checo Jan Neruda), que utilizaria durante toda a vida, tornando-se seu nome legal, após ação de modificação do nome civil.
Em 1906 seu pai se transferiu para Temuco, onde se casou com Trinidad Candia Marverde, que o poeta menciona em diversos textos, como "Confesso que vivi" e "Memorial de Ilha Negra", como o nome de Mamadre. Estudou no Liceu de Homens dessa cidade e ali publicou seus primeiros poemas no periódico regional A Manhã. Em 1919 obteve o terceiro lugar nos Jogos Florais de Maule com o poema Noturno Ideal.
Em 1921 radicou-se em Santiago e estudou pedagogia em francês na Universidade do Chile, obtendo o primeiro prêmio da festa da primavera com o poema "A Canção de Festa", publicado posteriormente na revista Juventude. Em 1923 publica Crespusculário, que é reconhecido por escritores como Alone, Raúl Silva Castro e Pedro Prado. No ano seguinte aparece pela Editorial Nascimento seus Vinte poemas de amor e uma canção desesperada, no que ainda se nota uma influência do modernismo. Posteriormente se manifesta um propósito de renovação formal de intenção vanguardista em três breves livros publicados em 1936:O habitante e sua esperança, Anéis (em canto nenhum-colaboração com Tomás Lagos) e Tentativa do homem infinito.
Em 1927 começa sua longa carreira diplomática quando é nomeado cônsul em Rangum, na Birmânia. Em suas múltiplas viagens conhece em Buenos AiresFederico Garcia Lorca e, em Barcelona, Rafael Alberti. Em 1935, Manuel Altolaguirre entrega a Neruda a direção da revista Cavalo verde para a poesia na qual é companheiro dos poetas da geração de 1927. Nesse mesmo ano aparece a edição madrilenha de Residência na terra.
Em 1936, eclode a Guerra Civil espanhola; Neruda é destituído do cargo consular e escreve Espanha no coração. Em 1945 é eleito senador. No mesmo ano, lê para mais de 100 mil pessoas no Estádio do Pacaembu em homenagem ao líder comunista Luís Carlos Prestes. Em 1950 publica Canto Geral, em que sua poesia adota intenção social, ética e política. Em 1952 publica Os Versos do Capitão e em1954 As uvas e o vento e Odes Elementares.
Em 1953 constrói sua casa em Santiago, apelidada de "La Chascona", para se encontrar clandestinamente com sua amante Matilde, a quem havia dedicado Os Versos do Capitão. A casa foi uma de suas três casas no Chile, as outras estão em Isla Negra e Valparaíso. "La Chascona" é um museu com objetos de Neruda e pode ser visitada, em Santiago. No mesmo ano, recebeu o Prêmio Lênin da Paz.
Em 1958 apareceu Estravagario com uma nova mudança em sua poesia. Em 1965 lhe foi outorgado o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Oxford, Grã-Bretanha. Em outubro de 1971 recebeu o Nobel de Literatura. Após o prêmio, Neruda é convidado por Salvador Allende para ler para mais de 70 mil pessoas no Estadio Nacional de Chile.
Morreu em Santiago em 23 de setembro de 1973, de câncer na próstata. Encontra-se sepultado em sua propriedade particular em Isla Negra, Santiago no Chile. Postumamente foram publicadas suas memórias em 1974, com o título Confesso que vivi .
Em 1994 um filme chamado Il Postino (também conhecido como O Carteiro e O Poeta ou O Carteiro de Pablo Neruda no Brasil e em Portugal) conta sua história na Isla Negra, no Chile, com sua terceira mulher Matilde. No filme, que é uma obra de ficção, a ação foi transposta para a Itália, onde Neruda teria se exilado. Lá, numa ilha, torna-se amigo de um carteiro que lhe pede para ensinar a escrever versos (para poder conquistar uma bonita moça do povoado).
Durante as eleições presidenciais do Chile nos anos 70, Neruda abriu mão de sua candidatura para que Allende vencesse, pois ambos eram marxistas e acreditavam numa América Latina mais justa o que, a seu ver, poderia ocorrer com o socialismo.
A MORTE- MISTÉRIOS
Quarenta anos depois, a morte do poeta e Prêmio Nobel de Literatura chileno, Pablo Neruda, continua sendo um mistério. Conhecido por suas poesias de amor e sua militância no Partido Comunista, Neruda morreu no dia 23 de setembro de 1973 – duas semanas depois do golpe militar que derrubou o governo socialista de Salvador Allende.
O poeta estava internado na Clínica Santa Maria, em Santiago, a capital chilena, com câncer de próstata, quando o general Augusto Pinochet bombardeou o Palácio La Moneda, levando Allende a cometer suicídio e inaugurando 17 anos de ditadura. Em março passado, seu corpo foi exumado porque existe a suspeita de que a doença não matou Neruda – ele teria sido envenenado por ordem de Pinochet.
De acordo com Isabel Allende, em seu livro Paula, Neruda teria morrido de "tristeza" em setembro de 1973, ao ver dissolvido o governo de Allende. A versão do regime militar do ditador Augusto Pinochet (1973-1990) é a de que ele teria morrido devido a um câncer de próstata. No entanto, fontes próximas, como o motorista e ajudante do poeta na época, Manuel Araya, afirmam com insistência que o poeta teria sido assassinado, estando a própria justiça do Chile a contestar a versão oficial sobre a sua morte. Em Fevereiro de 2013, um juiz chileno ordenou a exumação do corpo do poeta, no âmbito de uma investigação sobre as circunstâncias da morte.
Encontra-se sepultado na sua propriedade particular em, Isla Negra Santiago, no Chile. Os restos mortais do poeta foram exumados a 08 de abril de 2013 para esclarecer as circunstâncias da sua morte. Segundo a versão oficial, morreu de um agravamento do cancro da próstata a 23 de setembro de 1973, 12 dias depois do golpe de estado perpetrado contra o seu amigo e presidente socialista Salvador Allende. Mas testemunhos recentes puseram em causa essa versão e evocaram um assassinato comandado pela ditadura, para evitar que Neruda se tornasse um opositor de prestígio, eventualmente a partir do exílio. 

A denúncia, que levou à exumação do corpo do poeta e amigo de Allende, foi feita pelo motorista e secretário de Neruda, Manuel Araya. Segundo ele, Neruda foi envenenado no hospital, um dia antes de partir para o exílio no México. Ele contou que – apesar de ter sido diagnosticado com câncer de próstata – o poeta não estava à beira da morte. Como prova, disse que Neruda pesava 124 quilos na época e escreveu, até o último momento, seu livro de memórias Confesso Que Vivi.
“Neruda ainda tem muito a oferecer e continuamos a apreender com ele”, disse nesse domingo (22) um dos sobrinhos do poeta, em cerimônia para marcar os 40 anos da morte do Premio Nobel de Literatura de 1971. Os resultados das investigações sobre as causas da morte – que estão sendo feitas nos Estados Unidos e na Espanha – devem ficar prontos no próximo mês.
Mas este não é o único caso que está sendo investigado. O ex-presidente Eduardo Frei Montalva (1964-1970) teria morrido em 1982 de uma infecção hospitalar na mesma Clínica Santa Maria onde Neruda foi internado. Mas há indicações de que ele teria sido envenenado. 
“Os primeiros indícios de que a morte de meu pai era suspeita surgiram em 2000, quando eu era presidente e pude reformar o sistema judicial e reabrir vários processos, fechados na época da ditadura”, disse à Agência Brasil o ex-presidente Eduardo Frei Tagle (1994-2000), filho do ex-presidente Eduardo Frei Montalva. “Começamos a desvendar um capítulo desconhecido, até pouco tempo, da ditadura de Pinochet. Além das execuções e torturas, o regime militar usava produtos químicos para liquidar a oposição”.

A OBRA DE NERUDA.

· Crepusculario. Santiago, Ediciones Claridad, 1923.
· Veinte poemas de amor y una canción desesperada. Santiago, Nascimento, 1924.
· Tentativa del hombre infinito. Santiago, Nascimento, 1926.
· El habitante y su esperanza. Novela. Santiago, Nascimento, 1926. (prosa)
· Residencia en la tierra (1925-1931). Madrid, Ediciones del Arbol, 1935.
· España en el corazón. Himno a las glorias del pueblo en la guerra: (1936- 1937). Santiago, Ediciones Ercilla, 1937.
· Tercera residencia (1935-1945). Buenos Aires, Losada, 1947.
· Canto general. México, Talleres Gráficos de la Nación, 1950.
· Todo el amor. Santiago, Nascimento, 1953.
· Odas elementales. Buenos Aires, Losada, 1954.
· Nuevas odas elementales. Buenos Aires, Losada, 1955.
· Tercer libro de las odas. Buenos Aires, Losada, 1957.
· Estravagario. Buenos Aires, Losada, 1958.
· Cien sonetos de amor (Cem Sonetos de Amor). Santiago, Ed. Universitaria, 1959.
· Navegaciones y regresos. Buenos Aires, Losada, 1959.
· Poesías: Las piedras de Chile. Buenos Aires, Losada, 1960.
· Cantos ceremoniales. Buenos Aires, Losada, 1961.
· Memorial de Isla Negra. Buenos Aires, Losada, 1964. 5 vols.
· Arte de pájaros. Santiago, Ediciones Sociedad de Amigos del Arte Contemporáneo, 1966.
· Fulgor y muerte de Joaquín Murieta. Bandido chileno injusticiado en California el 23 de julio de 1853. Santiago, Zig-Zag, 1967. (obra teatral)
· La Barcaola. Buenos Aires, Losada, 1967.
· Las manos del día. Buenos Aires, Losada, 1968.
· Fin del mundo. Santiago, Edición de la Sociedad de Arte Contemporáneo, 1969.
· Maremoto. Santiago, Sociedad de Arte Contemporáneo, 1970.
· La espada encendida. Buenos Aires, Losada, 1970.
· Discurso de Stockholm. Alpigrano, Italia, A. Tallone, 1972.
· Invitación al Nixonicidio y alabanza de la revolución chilena. Santiago, Empresa Editora Nacional Quimantú, 1973.
· Libro de las preguntas. Buenos Aires, Losada, 1974.
· Jardín de invierno. Buenos Aires, Losada, 1974.
· Confieso que he vivido. Memorias. Barcelona, Seix Barral, 1974. (autobiografia)
· Para nacer he nacido. Barcelona, Seix Barral, 1977.
· El río invisible. Poesía y prosa de juventud. Barcelona, Seix Barral, 1980.
· Obras completas. 3a. ed. aum. Buenos Aires, Losada, 1967. 2 vols.

Fonte: Blog Moisés Menezes

1º Festival Resgate do Canto Nativo de Dom Pedrito


Estão abertas as inscrições para o 1º Festival Resgate do Canto Nativo, que será realizado nos dias 07 e 08 de dezembro na cidade de Dom Pedrito. As inscrições podem ser realizadas até o dia 31 de outubro.

Poderão participar do festival os autores da letra e música, bem como instrumentistas e interpretes que deverão ser Pedritense, ou que residam no município.

REGULAMENTO

Fonte: bahstidores@yahoo.com.br

5º EXPOCANTO - REGULAMENTO


Nos dias 19 e 20 de outubro acontece na cidade de Arroio Grande a 7ª edição do festival Expocanto. As inscrições podem ser encaminhadas até o dia 05 de outubro.
Publicamos abaixo a síntese do regulamento do certame.

DAS INSCRIÇÕES:
As inscrições deverão estar em mãos da comissão organizadora até as 18h do dia 04 de outubro de 2013, no SINDICATO RURAL DE ARROIO GRANDE. Pelo correio, remeter antecipadamente para o seguinte endereço:
5º EXPOCANTO
Sindicato Rural de Arroio Grande – Rua Dr. Monteiro, 247 – CEP 96.330-000;
Para inscrição pelo Correio ou entregue diretamente no SINDICATO, o envelope deverá conter:
- ficha de inscrição devidamente preenchida
- 05 (cinco) cópias da letra
- CD contendo a(s) música(s) inscrita(s), podendo conter mais de uma, desde que devidamente
identificadas.
Opcionalmente, poderá a inscrição ser feita através de internet, devendo o interessado enviar
um e-mail para o endereço expocantoag@gmail.com contendo os três arquivos a seguir:
- música a ser inscrita em formato MP3
- cópia da letra em formato WORD ou PDF
- ficha de inscrição, também em formato WORD ou PDF, onde deverão constar todos os dados
solicitados no modelo disponível no final deste regulamento.

Regulamento completo e Ficha de Inscrição, acessar o link abaixo:
http://www.americanto.com.br/regulamento_expocanto2013.pdf

Fonte: Blog Ronda dos Festivais

São Francisco de Assis em festa!

Será nos dias 03, 04 e 05 de Outubro, São Francisco de Assis em festa em mais uma edição da Querência do Bugio, esse festival que já é orgulho do Rio Grande do Sul. 14 músicas irão ao palco, mais shows, bailes, transmissão pelas Rádios, Jornais, Internet e a Gravação do Programa TVE NOS FESTIVAIS. 
Serão três dias de muita cultura musical e de muito orgulho dessa terra que criou o único ritmo gaúcho, o bugio.
Os Ingressos já encontram-se à venda e pela enorme procura, a 1ª e a 2ª remessa já foram vendidos, restam os ingressos da 3ª remessa. Compre ou reserve o seu e não deixe de participar dessa grande festa na CAPITAL MUNDIAL DO BUGIO!

Talita, um anjo que precisa de nós!

Meu blog é de cultura, mas não posso ficar calado diante de um fato que lamento muito e que me dá tristeza de saber, que uma menina tão novinha possa estar sofrendo tanto. Talita Lamberty essa pequena, que é o do interior do município da minha cidade de São Francisco de Assis, de uma família humilde, modesta, simples e que sofreu um triste acidente, tendo o cabelo preso em uma máquina, vindo ser arrancado e portanto estando em estado grave na cidade de Porto Alegre. Mas nó podemos ajudar, além de orações, com doações financeiras, visto que, é um tratamento muito caro e a família não tem de onde tirar as despesas para esse tratamento. 
Sei que muito leem o meu blog e que podem ajudar, com qualquer quantia, deposite na Caixa Econômica Federal e vamos fazer esse pequeno anjo voltar a sorrir e ter uma vida normal.
Compartilhe, leve para rádios, jornais, blogs e vamos fazer uma corrente de fé e esperança.
Obrigado a todos que entenderão nosso apelo, que Deus abençoe a todos.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Revolução Farroupilha, 1844, Batalha de Porongos

Depois de lutarem, durante dez anos, não por dinheiro ou impostos, mas pela liberdade, no dia 14 de novembro de 1844 foram miseravelmente traídos no mais vergonhoso episódio dessa guerra, conhecido como “O Massacre de Porongos”. Desarmados, por seu comandante Canabarro, esses homens foram traiçoeiramente entregues a sanha historicamente genocida de Caxias.
Lanceiro Negro | Quadro de Juan Manuel Blanes

Batalha de Porongos: covardia, traição, falsidade
A Revolução Farroupilha foi a mais longa revolta republicana contra o Império escravocrata e centralizador brasileiro. Os grandes e poderosos proprietários de terras gaúchos, sentindo-se desfavorecidos pelas leis federais, principalmente pelos impostos considerados excessivos, entram em negociações com o governo regencial. Tais negociações, consideradas insatisfatórias, criam um crescente estado de tensão até o rompimento definitivo e a declaração de guerra, em 20 de setembro de 1835.

Depois do combate travado em Bagé, conhecido como “a Batalha do Seival”, em que as forças imperiais foram surpreendente e rotundamente derrotadas, surge um movimento político dissidente e separatista. Com sua radicalização é proclamada a independência e criada a República Rio-Grandense frente ao Império do Brasil, propondo uma República Federativa às demais províncias que viessem a separar-se do Império e assumissem a forma republicana.

Para lutar por “um país independente” foi necessário juntar as tropas dos generais que aderiram à causa e assim foi formado o “exército farroupilha” liderado pelo Gen. Bento Gonçalves. Na verdade, os verdadeiros protagonistas dessa luta foram os negros, os índios, os mestiços e os brancos pobres que lutaram de forma abnegada pela recém criada República e por espaços de liberdade, buscando um futuro melhor para si e para os seus. Entre os generais está um abolicionista convicto, Antônio de Souza Netto, que não só coloca a libertação dos escravos como um dos “ideais farroupilha” como propõe a participação dos negros na luta dos farrapos. Num primeiro momento a idéia é rejeitada. Porém, em 4 de outubro de 1836”, depois da “Derrota de Fanfa”, em que Bento Gonçalves foi preso e o exército farroupilha teve excessivas baixas, eles não vacilaram em libertar os escravos que, em troca, se engajaram no exército farroupilha. Assim foi criada a unidade militar que ficou conhecida como os Lanceiros Negros.

Nesse corpo de Lanceiros Negros só havia brancos entre os oficiais superiores. Os negros eram os melhores domadores de cavalos da província. Suas lanças eram maiores do que as ordinárias, os rostos pretos como azeviche. Seus corpos robustos e a sua perfeita disciplina os tornavam o terror dos imperiais. A participação decisiva dos Lanceiros Negros foi ressaltada pelo republicano Giuseppe Garibaldi – “herói dos dois mundos” – em sua biografia escrita por Alexandre Dumas: “soldados de uma disciplina espartana, que com seus rostos de azeviche e coragem inquebrantável, punham verdadeiro terror ao inimigo” ou ainda “…mas nunca vi, em nenhuma parte, homens mais valentes, …em cujas fileiras aprendi a desprezar o perigo e combater dignamente pela causa sagrada das nações…” (GARIBALDI,Giuseppe, em FAGUNDES, M. Calvet, História da Revolução Farroupilha. EDUCS.1989.p. 9).

Depois de lutarem, durante dez anos, não por dinheiro ou impostos, mas pela liberdade, no dia 14 de novembro de 1844 foram miseravelmente traídos no mais vergonhoso episódio dessa guerra, conhecido como “O Massacre de Porongos”. Desarmados, por seu comandante Canabarro, esses homens foram traiçoeiramente entregues a sanha historicamente genocida de Caxias.
Duque de Caxias: resolvendo a questão dos negros em armas

A “Traição de Porongos” e o Massacre dos Lanceiros Negros
Como explicar aos brasileiros tamanha covardia e a baixeza moral perpetradas por dois homens, David Canabarro e Duque de Caxias, ambos idolatrados como “heróis” pela historiografia oficial – um deles até considerado “patrono do Exército” – durante a chamada Revolução Farroupilha? Os historiadores oficiais criaram deliberadamente imagens falsas de Porongos procurando não macular “seus” heróis. Entretanto, a hediondez dos acontecimentos só nos permite uma coisa: não a explicação, mas a revelação da verdade, baseada em documentos oficiais que ficaram escondidos por décadas e só agora revelados.

As crescentes dificuldades enfrentadas pela nova República e as disputas políticas na região do Prata, preocupantes para as autoridades do Império, impuseram às duas partes negociações de paz. Uma vitória militar decisiva dos farrapos sobre o exército imperial, comandado pelo então Barão de Caxias, tornara-se cada vez mais inviável. Por parte do Império era importante terminar logo a luta e buscar uma paz negociada, pois tudo indicava a inevitabilidade da luta com os vizinhos platinos. Mas para as duas partes era importante resolver a questão dos negros em armas. Os revoltosos haviam prometido liberdade aos negros que lutavam no exército farroupilha e com isso a Corte Imperial não concordava. Era um perigo para os escravocratas brasileiros um grande número de negros armados. E se eles, agora bastante coesos, procurassem asilo no Uruguai e a partir daí continuassem a guerra com táticas de guerrilhas, fazendo do território uruguaio seu santuário? Isso levaria à guerra e “poderia provocar graves problemas com a Argentina de Juan Rosas” (LEITMAN Spencer, Negros Farrapos: hipocrisia racial no sul do Brasil no séc. XIX e DACANAL José, A Revolução Farroupilha: história e interpretação. Porto Alegre: Mercado Aberto.1985. p. 72)

Pelo lado dos farrapos, Bento Gonçalves foi afastado da liderança, e os novos líderes, David Canabarro e Antônio Vicente da Fontoura, ambos escravocratas, negociavam a paz com Caxias. A promessa de liberdade para os combatentes negros depois de 10 anos de abnegadas e vitoriosas lutas deles nas batalhas pesava muito nas negociações.

General David Canabarro: acordo
Foi neste contexto que aconteceu, na madrugada de 14 de novembro de 1844, o “Massacre de Porongos” em que os Lanceiros Negros – previamente desarmados por Canabarro e separados do resto das tropas – foram atacados de “surpresa” e dizimados pelas tropas imperiais comandadas pelo Cel. Francisco Pedro de Abreu (o Moringue), através de um conluio entre o barão (mais tarde duque) de Caxias e o gen. Canabarro para se livrarem dos negros em armas e poderem finalmente assinar a Paz de Ponche Verde. “Traição de Porongos, que mais foi a matança de um só lado do que peleja, dispersou a principal força republicana e manifestou morta a rebelião. (…) Em Porongos pois, a revolução expirou. Foi daí que seguiu-se o entabulamento das negociações, que deram tranqüilidade ao Rio Grande do Sul” (ARARIPE, Tristão de Alencar. Guerra civil no Rio Grande Do Sul: memória acompanhada de documentos lida no Instituto Histórico Geográfico do Brasil. Porto Alegre, CORAG, 1986, p.211).

“Caxias confiava no poder do ouro. Com poderes ilimitados e verbas consideráveis para sobrepor-se aos “obstáculos pecuniários” que surgissem ao negociar com os líderes farrapos, ele tentou um acordo com David Canabarro, o principal general farrapo, para terminar a guerra. De comum acordo decidiram destruir parte do exército de Canabarro, exatamente seus contingentes negros, numa batalha pré-arranjada, conhecida como “Surpresa de Porongos” em 14 de Novembro de 1844” (LEITMAN, Spencer. Negros Farrapos …Idem p. 75)

Em suas instruções secretas a Moringue, o comandante da operação, Caxias, orientou-o no sentido de poupar brancos e índios, que poderiam ser úteis para futuras lutas.

Cópia integral dessas “instruções secretas” encontra-se no Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul e nela está afirmado: Reservado: “Senhor Cel. Francisco Pedro de Abreu (…) Regule V.S. suas marchas de maneira que no dia 14, às duas horas da madrugada possa atacar as forças ao mando de Canabarro que estará neste dia no cerro dos Porongos (…) Suas marchas devem ser o mais ocultas que possível seja, inclinando-se sempre sobre a sua direita, pois posso afiançar-lhe que Canabarro e Lucas ajustaram ter as suas observações sobre o lado oposto. No conflito, poupe o sangue brasileiro o quanto puder, particularmente da gente branca da Província ou índios, pois bem sabe que essa pobre gente ainda nos pode ser útil no futuro. A relação justa é das pessoas a quem deve dar escapula, se por casualidade caírem prisioneiros. Não receie a infantaria inimiga, pois ela há de receber ordem de um ministro de seu general em chefe para entregar o cartuchame sob o pretexto de desconfiarem dele. Se Canabarro ou Lucas forem prisioneiros, deve dar-lhes escapula de maneira que ninguém possa nem levemente desconfiar, nem mesmo os outros que eles pedem que não sejam presos (…) 9 de novembro de 1844.Barão de Caxias” [AHRS. Anais do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul-Volume 7. Porto Alegre, 1963. P.30/31].

Canabarro cumpriu sua parte no combinado, deu ordem ao quartel-mestre para recolher o cartuchame de infantaria e carregá-lo em cargueiros para serem distribuídos quando aparecesse o inimigo e separou os negros farrapos do resto da tropa. Isolados e desconhecendo a traição de seu comandante, os Lanceiros Negros resistiram bravamente antes de serem liquidados. O “Combate de Porongos” – no qual oitenta, de cada cem mortos, eram negros – abriu caminho para a Paz de Ponche Verde alguns meses depois.

A indignação de Bento Gonçalves com Canabarro é revelada logo após o “combate” de Porongos quando diz que os “caminhos indispensáveis por onde Canabarro tinha de avançar eram tão visíveis que só poderiam ser ignorados por quem não quisesse ver nem ouvir ou por quem quisesse ouvir a traidores, talvez comprados pelo inimigo! (…) Perder batalhas é dos capitães e ninguém pode estar livre disto; mas dirigir uma massa e prepará-la para sofrer uma surpresa semelhante (…) é (…) covardia do homem que assim se conduz”. [Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul. Coletânea de Documentos de Bento Gonçalves da Silva. 1835/1845]

Poucos dias depois, Teixeira Nunes e os Lanceiros Negros remanescentes são enviados por Canabarro para uma ação altamente temerária na retaguarda inimiga (sobre a qual pairam também suspeitas). Atacados por Chico Preto, são aniquilados e seu comandante é ferido e depois assassinado.

Tal como nos dias de hoje em que as autoridades do país escondem seus crimes hediondos, alguns contra a humanidade, amparadas por leis fraudulentamente arrancadas de um congresso corrupto até a alma, como é o caso dos crimes praticados pelas autoridades civil e militar durante o período 64/85, a “Traição de Porongos” permaneceu como um segredo guardado a sete chaves por muitos anos.

Texto não assinado, publicado originalmente pelo CEBRASPO – Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Dia del Chamamé!

]FELIZ DIA CHAMAMECEROS!!!!!LES DESEA AM 1160 LA MAS SANTIAGUEÑA!!!
El 19 de septiembre de 1974, a la edad de 55 años, fallecía Mario del Tránsito Cocomarola, sancosmeño de cuna, autor de la música de “Kilómetro 11”, ese emblemático chamamé al que Constante Aguer le puso letra de amor para marcar el punto exacto de un camino que se habría de recorrer desde entonces.
La fuerza de ese chamamé prendió en las voces hasta convertirlo en himno y la provincia se hizo nación y cruzó cuanto cielo encontró a su paso, para abrir los acordeones, rasgar las cuerdas de una guitarra, llorar por dentro a fin de memorizar la casa, la calle, el río y ese ansia por volver que se convierte en sapucay de ausencias.
Mario del Tránsito compuso muchos temas (más de 500)se incluyen algunos clásicos como:"Puente Pexoa", "Rincón dichoso" y "Retorno", pero clavó su nombre en “Kilómetro 11”. Ambos se presentan con el mismo sello de autor. Uno sin el otro, sería irreconocible. En honor a la dupla, el 19 de septiembre fue instituido por ley, como el "Día Nacional del Chamamé".

Querência do Bugio 15º Aparte


Grande são as expectativas para o 15º Aparte da Querência do Bugio na minha bela São Francisco de Assis, depois das músicas escolhidas que terá a participação de grandes músicos do Rio Grande do Sul, grande shows contratados, agora é a vez dos jornais e Rádios que farão a transmissão, algumas rádios como a Nativa FM de Santa Maria, Rádio Universidade de Santa Maria, Rádio Verdes Pampas de Santiago, Rádio Sentinela Pampeana de São Francisco de Assis, já estão confirmadas para a transmissão das três noites, além da Gravação do Programa TVE nos Festivais, que estará gravando 2 especiais, sobre a Querência do bugio.

Segundo o Presidente do Grupo Querência do Bugio, Eri Côrtes, tudo está se encaminhando para sr o maior de todas as querências já realizadas, a expectativa do povo é enorme e a qualidade dos bailes e show vai fazer com que o Povo lote o Ginásio Municipal, dando o calor humano que é tão necessário num evento desse tamanho.

A organização sempre foi o forte desse evento, a segurança, a comida, as hospedagens, sempre fizeram com que os profissionais que lá estiveram saíssem de São Chico lisonjeados com tamanha hospitalidade e esse ano certamente que nãos será diferente.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

São Francisco de Assis verdades e fatos!

Isso é história, é fato, é a mais pura verdade até que provem ao contrário, claro que poucos conhecem e muitos tem interesse que pucos conheçam, mas até podemos tapar o sol, jamis escondê-lo. Para quem interessar, assista e conheçam pois isso é o que deveria orgulhar nós assisenses, pois mais do que conhecer e poder ter orgulho de quem realmente fez e ainda faz por essa terra. Tire suas próprias conclusões... E podem me criticar, eu aceito.

Os Homens de Preto

PAULO RUSCHEL Estudou escultura em São Paulo , e, paralelamente, atuou como compositor de música popular. Participou ativamente do movimento artístico no Rio Grande do Sul nas décadas de 50 e 60, integrando coletivas e salões, como a edição de 1956 do Salão da Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa (Chico Lisboa), quando obteve premiação. Sua arte em cerâmica foi exposta na Galeria da Casa das Molduras, Porto Alegre, 1958. Integrou o conjunto musical Quitandinha Serenaders com seu irmão, o ator Alberto Ruschel, no Rio de Janeiro. É autor de Os homens de preto, cena gaúcha imortalizada na voz magistral de Elis Regina (arranjo de Rogério Duprat, edição de Marcus Pereira, 1975). Foi casado com Luciene Sibour César, também artista plástica. Consta no Dicionário brasileiro de artistas plásticos.

Querência do Bugio na RBS TV

Hoje, no jornal do almoço da RBS TV para todo o estado e para o mundo pelas TVS acabo e internet São Francisco de Assis, a Capital Mundial do Bugio e Querencia do Bugio, apareceu mostrando esse que é, sem dúvida o maior achado da música Regionalista do Rio Grande do Sul. O orgulho pela terra enche os olhos dos assisenses que costumeiramente só aparecem notícias ruins nos canais de Televisão. 
Mas poderia ser e muito orgulho para todos, se, não fosse  a falta de conhecimento das pessoas e o "desrespeito" com quem sempre lutou pela historia desse chão. A pessoa mais importante, e única, talvez que poderia estar a frente dessa reportagem, nem foi lembrado, refiro-me a Salvador Ferrando Lamberty, o autor da pesquisa que trouxe a tona essa história,  após 12 anos de pesquisa, e ter peleado com a metade do Rio Grande do Sul, para que um dia São Chico fosse reconhecido como a criadora do Ritmo bugio.
Pena que a vaidade pessoal de pseudos conhecedores tenham roubado descaradamente a parte essencial de uma pesquisa séria e caprichada, tão bem escrita pelo Salvador Lamberty. Apresentaram um sobrinho neto, quem vem ser "ninguém" ou alguém da valor para algum tio avô, que na hierarquia patriarcal ou matriarcal nem sei o que significa, falando "asneiras" sobre a criação do bugio.
Nem tocaram no festival que foi criado para alavancar essa pesquisa, porque, além de não terem capacidade para dar continuidade nos apartes que não saíram, talvez tenham que pagar as contas dos festivais que ficaram devendo e se falando em festival, vão dizer que nasceu de um susto, como falou certa feita uma Presidenta numa entrevista de rádio, porque nem do festival eles conhecem a realidade, imagina de uma pesquisa.
Vergonha é o termo exato para ser usar nessa reportagem, muito bem feita, diga-se de passagem pela RBS TV, mas mentirosa e sem nenhum cabimento. 
Se ninguém se anima dizer isso eu digo e assino, para que as novas gerações não se prendam as mentiras, mas isso pelo jeito está virando moda no meio cultural da minha terra amada, infelizmente.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Nilton Ferreira em São Gabriel

 Mesmo com o tempo feio o povo Gabrielense esperou de pé fincado o show de Nilton Ferreira na noite do último sábado. O show do Nilton que dispensa comentários, sempre com o mesma garra, mesmo afinco e repeito pelo seu público, traz um repertório variado, com as mais belas composições de sua carreira vencedora, além das músicas dos mais recente CD e DVD, quem falam de amor, de família, de um novo tempo e uma nova forma de fazer música.
E na segunda feria já estava em Porto Alegre, onde participou do Jornal do Almoço cantando junto do Tchê Guri e Cristiano Quevedo, mostrando uma das mais belas músicas do Rio Grande do Sul, Céu, Sol, Sul...Terra e Cor, do grande Leonardo.
Vencer na vida através da música é para poucos. O espaço conquistado através da arte tendo sempre o respeito pelo público e pelos parceiros de música, talvez seja a forma encontrada pelo Nilton Ferreira para ser, hoje, um dos grandes nomes da música do Rio Grande do Sul, sem sensacionalismo, sem gritaria, sem mídia, mas com qualidade e  um carisma herdado por poucos.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Rio Grande do Sul no Imaginário Social Lendas e Mitos: tema do Desfile Farroupilha 2013

A Comissão Executiva de Festejos Farroupilhas 2013 divulgou nessa segunda-feira, 16, a ordem do Desfile Temático Farroupilha, que ocorre na próxima sexta-feira, 20, na avenida Nossa Senhora Medianeira, a partir das 8h30min. O tema deste ano é “Rio Grande do Sul no Imaginário Social Lendas e Mitos”. O Patrono Estadual é o fundador do Grupo Os Monarcas, Nésio Correa Alves (Gildinho). O Homenageado local é o Patrono do Tradicionalismo, o santa-mariense Cezimbra Jacques, nos seus 165 anos de nascimento. E o Destaque Local é a Carta de Princípios do Movimento Tradicionalista Gaúcho.

Confira abaixo a ordem para o desfile:
Abertura: Banda de Música da Base Aérea de Santa Maria
Comissão Executiva dos Festejos Farroupilhas
Banda de Música da 6ª Brigada de Infantaria Blindada
Poder Executivo
8ª Coordenadoria de Educação – 8ª CRE
Secretaria de Município da Educação – SMED
Brigada Militar
MTG – Representação da 13ª Região Tradicionalista
DTG Querência das Dores (faz a abertura das Entidades Tradicionalistas)
DTG Avenida Tênis Clube
DTG Noel Gurarany
Ponche Verde CTG
ATG Estância do Minuano
CPF Piá do Sul
CTG Tropeiros da Querência
CTG Farroupilhas
CTG Abas Largas
CTG Araganos
CTG Estância do Jarau
ATG Ponche Branco
CTG Maneco Rodrigues
CTG Bento Gonçalves
CTG Os Carreteiros
PL Manoel Pinto
PL Os Gaudérios
CTG Tropeiro Velho
CTG Sentinela da Querência
PL Cria do Rio Grande/CTG Sepé Tiaraju
PL Coração Gaúcho
CTF Os Nativos
CTG Passo dos Ferreiros
CTG Querência do Verde
CTG Taylor Fagundes
DT Timbaúva
CTG Ronda de Tropa
DTCE Marcas do Pampa
DTG Noite de Ronda
DT Querência da Medianeira
DTCE Alma Gaúcha
DTG Bombeiros da Tradição
PL Nico Quinto
PL Sotéia
PL Querência de Santo Antão
PTG Estância de São José
PQT Terra Santa
PQT Sarandi
PQT Semeadores da Fé
Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos

domingo, 15 de setembro de 2013

Até quando vamos endeusar a revolução farroupilha?

Até quando?

Todo os anos eu me pergunto: até quando?

Sim, até quando teremos de mentir ou omitir para não incomodar os poderosos individuais ou coletivos?

Até quando teremos que tapar o sol com a peneira para não ferir as suscetibilidades dos que homenageiam anualmente uma “revolução” que desconhecem? Até quando teremos de aliviar as críticas para não ofender os que, por não terem estudado História, acreditam que os farroupilhas foram idealistas, abolicionistas e republicanos desde sempre? Até quando teremos de fazer de conta que há dúvidas consistentes sobre a terrível traição aos negros em Porongos? Até quando teremos de justificar o horror com o argumento simplório de que eram os valores da época? Valores da traição, do escravismo, da infâmia?

Até quando fingiremos não saber que outros líderes – La Fayette, Bolívar, Rivera – outros países – Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia – e outras rebeliões brasileiras – A Balaiada, no Maranhão, por exemplo – foram mais progressistas e, contrariando “valores” da época, ousaram ir aonde os farroupilhas não foram por impossibilidade ideológica? Até quando a mídia terá de adular o conservadorismo e a ignorância para fidelizar sua “audiência”?

Até quando deixaremos de falar que milhões de homens sempre souberam da infâmia da escravidão? Os escravos. Até quando minimizaremos o fato de que a Farroupilha, com seu lema de “liberdade, igualdade e humanidade”, vendeu negros para se financiar? Até quando deixaremos de enfatizar que os farrapos prometiam liberdade aos negros dos adversários, mas não libertaram os seus? Até quando daremos pouca importância ao fato de que a Constituição farroupilha não previa a libertação dos escravos? Até quando deixaremos de contar em todas as escolas que Bento Gonçalves ao morrer, apenas dois anos depois do fim da guerra civil, deixou mais de 50 escravos aos seus herdeiros? Até quando?

Até quando?

Até quando adularemos os admiradores de um passado que não existiu somente porque as pessoas precisam de mitos e de razões para passar o tempo, reunir-se e vibrar em comum? Até quando os folcloristas sufocarão os historiadores? Até quando o mito falará mais alto do que a História? Até quando não se dirá nos jornais que os farroupilhas foram indenizados pelo Império com verbas secretas? Que brigaram pelo dinheiro? Que houve muita corrupção? Que Bento Gonçalves e Neto não eram republicanos quando começaram a rebelião? Que houve degola, sequestros, apropriação de bens alheios, execuções sumárias, saques, desvio de dinheiro, estupros, divisões internas por causa de tudo isso e processos judiciais?

Até quando, em nome de uma mitologia da identidade, teremos medo de desafiar os cultivadores da ilusão? Até quando historiadores como Décio Freitas, Mário Maestri, Sandra Pesavento, Tau Golin, Jorge Eusébio Assumpção, Spencer Leitman e tantos outros serão marginalizados? Até quando nossas crianças serão doutrinadas com cartilhas contando só meias verdades?

Até quando a rebelião dos proprietários será apresentada como uma revolução de todos? Até quando mentiremos para nós mesmos? Até quando precisaremos nos alimentar dessa ilusão?

Até quando viveremos assim?

Texto de Juremir Machado da Silva, nascido em 29 de janeiro de 1962, em Santana do Livramento, graduou-se em História (bacharelado e licenciatura) e em Jornalismo pela PUCRS, onde também fez Especialização em Estilos Jornalísticos. Passou pela Faculdade de Direito da UFRGS, onde também chegou a cursar os créditos do mestrado em Antropologia. Obteve o Diploma de Estudos Aprofundados e o Doutorado em Sociologia na Universidade Paris V, Sorbonne, onde também fez pós-doutorado. Como jornalista, foi correspodente internacional de Zero Hora em Paris, trabalhou na IstoÉ e colaborou com a Folha de S. Paulo. Atua como colunista do Correio do Povo desde o ano 2000. Tem 27 livros individuais publicados, entre os quais Getúlio, 1930, águas da revolução, Solo, Vozes da Legalidade e História regional da infâmia, o destino dos negros farrapos e outras iniquidades brasileiras. Coordena o Programa de Pós-Graduação em Comunicação da PUCRS. Apresenta diariamente, ao lado de Taline Oppitz, o programa Esfera Pública, das 13 às 14 horas, na Rádio Guaíba.

Quem sabe não inventa


No vinte de setembro vejo muito usando bombacha comemorando o INICIO da revolução Farroupilha. Só para saber ai vai uma curiosidade sobre o uso da Bombacha.....

Quando Napoleão Bonaparte invadiu o Egito (1803), nas primeiras batalhas sofreu algumas derrotas. A partir daí passou a observar os combates para descobrir onde seus soldados estavam falhando. Percebeu que seus soldados de cavalaria com os uniformes apertados e colados ao corpo eram menos ágeis que os ginetes mouros, vestidos com mantos e calças largas “bombachas”, pois com elas eram livres em seus “corcéis” e dessa forma manuseavam a cimitarra com extrema habilidade. Ao retornar à Europa, a cavalaria de elite de Napoleão usava bombachas como também sua guarda de honra. Turcos, russos, indianos, ucranianos, cossacos e afegãos também a usavam e ainda usam nos dias de hoje.

Há uma história de que foram os Ingleses que difundiram a bombacha na América do Sul, mas na verdade eles não a difundiram como cultura e sim como mercadoria de comércio, pois a venderam como uniforme para os soldados da tríplice aliança que lutaram na guerra que eles promoveram contra o Paraguai.

A roupa mais parecida com bombacha e que os Europeus inventaram é o “Coolote”, muito usado pelos militares de cavalaria e para o jogo de pólo. Daí vem o ditado: “Coolote é bombacha de gringo”.

Em busca de mercados para suas indústrias, os ingleses mergulharam em uma guerra juntamente com os franceses, turcos e sardenhos contra a Rússia que também tentava expandir seu império buscando uma saída para o mar.

Conhecida como a Guerra da Criméia, foi desta empreitada que sobraram as calças largas – bombachas – que os ingleses venderam para os Exércitos da Tríplice Aliança que guerrearam com o Paraguai.

Quando os Jesuítas chegaram ao território missioneiro, hoje Argentina, Uruguai e Rio Grande do Sul, os índios que aqui habitavam eram os Charruas e Minuanos, povo que vivia ainda na idade da pedra. Usavam uma vestimenta muito simples e rústica; os homens vestiam-se com uma espécie de calçote, chamado “caiapi” feito em rústicos teares e o material era de procedência vegetal, amarrado na cintura com cordas de couro ou também de vegetal. Assim nos escreve a historiadora Ítala Becker, em seu livro “Os índios Charruas e Minuanos na antiga Banda Oriental do Uruguai”.

Os guaranis que vieram para cá acompanhando os Jesuítas que vinham do Paraguai, usavam uma roupa híbrida, isto é uma mescla de roupa nativa com um toque de roupa civilizada, uma calça de algodão e por cima uma espécie de saiote amarrado entre as pernas e na cintura, com o nome de “xiripá”. Este sim foi largamente usado, principalmente pelos ginetes guaranis em suas lides de campo.

Até o final do século XIX, peões rio grandenses, argentinos e uruguaios ainda usavam o “xiripá” que só foi desbancado pela “bombacha” após a Guerra do Paraguai. E tenho a certeza de que foi a única coisa que os gaúchos trouxeram em sua triste bagagem desta “guerra infame” que não trouxe nenhuma glória para os homens de bem aqui do garrão sul americano.

Os coronéis, “senhores da casa grande” não usavam bombachas, pois era considerada roupa inferior; só os peões a usavam, aliás, nas festas da casa grande, ninguém usava bombacha por ser destinada para ser usada no galpão.

Só recentemente, no Rio Grande do Sul a bombacha passou a ser considerada roupa social, através de uma lei do governador Amaral de Sousa (1989).

Os árabes desfilam no mundo inteiro, com seus mantos e bombachas e são admirados e respeitados. Nós, gaúchos rio grandenses, uruguaios e argentinos, adotamos a bombacha para fazer parte da nossa indumentária com a qual nos identificamos em qualquer parte do mundo. Porém, ainda sofremos olhares pejorativos quando com bombachas frequentamos algum ambiente considerado de “cola fina”.

Texto de: Maxsoel Bastos de Freitas (Poeta, compositor, advogado, pesquisador)

Tratado, Convenção ou Paz de Poncho Verde

AS 12 CLÁUSULAS DO DOCUMENTO FINAL E A FONTE (no final)!!

Tratado, Convenção ou Paz de Poncho Verde
Em Poncho Verde, no final de fevereiro de 1845, foram examinados pelos republicanos os termos do documento, já assinado pelo barão de Caxias, intitulado Convenção de paz entre o Brasil e os republicanos. O General David Canabarro, comandante-em-chefe do exército republicano, investido de poderes para representar a presidência da República, aceitou as condições. Farrapos e imperiais se reuniram no Acampamento Imperial de Carolina, em Ponche Verde, para decretar a pacificação da província. Eram 12 as cláusulas da pacificação. Foram lidas em Ponche Verde no dia 25 de fevereiro, por Antônio Vicente da Fontoura:

Art. 1° - Fica nomeado Presidente da Província o indivíduo que for indicado pelos republicanos.

Art. 2° - Pleno e inteiro esquecimento de todos os atos praticados pelos republicanos durante a luta, sem ser, em nenhum caso, permitida a instauração de processos contra eles, nem mesmo para reivindicação de interesses privados.

Art. 3° - Dar-se-á pronta liberdade a todos os prisioneiros e serão estes, às custas do Governo Imperial, transportados ao seio de suas famílias, inclusive os que estejam como praça no Exército ou na Armada.

Art. 4° - Fica garantida a Dívida Pública, segundo o quadro que dela se apresente, em um prazo preventório.

Art. 5° - Serão revalidados os atos civis das autoridades republicanas, sempre que nestes se observem as leis vigentes.

Art. 6° - Serão revalidados os atos do Vigário Apostólico.

Art. 7° - Está garantida pelo Governo Imperial a liberdade dos escravos que tenham servido nas fileiras republicanas, ou nelas existam.

Art. 8° - Os oficiais republicanos não serão constrangidos a serviço militar algum; e quando, espontaneamente, queiram servir, serão admitidos em seus postos.

Art. 9° - Os soldados republicanos ficam dispensados do recrutamento.

Art. 10° - Só os Generais deixam de ser admitidos em seus postos, porém, em tudo mais, gozarão da imunidade concedida aos oficiais.

Art. 11° - O direito de propriedade é garantido em toda plenitude.

Art. 12° - Ficam perdoados os desertores do Exército Imperial. 

(ass.) O Barão de Caxias. ( citação da Revista Militar Brasileira, abril-junho, 1978, vol. CXIII, ano LXIV, pp. 116-117. Apud Henrique Wiederspahn, ob. cit., pp. 11-12).


O TEXTO DA PROCLAMAÇÃO E A FONTE (NO FINAL DO TEXTO)!! Assinada a paz em Ponche Verde, David Canabarro redigiu uma proclamação em que anunciava o fim da Guerra dos Farrapos. O texto tem a data de 28 de fevereiro de 1845: 

"Concidadãos! Competentemente autorizado pelo magistrado civil a quem obedecíamos e na qualidade de comandante-em-chefe, concordando com a unânime vontade de todos os oficiais da força de meu comando, vos declaro que a guerra civil que há mais de nove anos devasta esse belo país está acabada.

Concidadãos! Ao desprender-me do grau que me havia confiado o poder que dirigia a revolução, cumpre-me assegurar-vos que podeis volver tranqüilos ao seio de vossas famílias. Vossa segurança individual e vossa propriedade estão garantidas pela palavra sagrada do monarca e o apreço de vossas virtudes confiado ao seu magnânimo coração. União, fraternidade, respeito às leis e eterna gratidão ao ínclito presidente da Província, o ilustríssimo e excelentíssimo barão de Caxias, pelos afanosos esforços na pacificação da Província".

O Tratado é objeto de muita discussão. Mas sua invalidade per se e possível inexistência não garantiriam a continuidade física nem política da República Rio-Grandense, pois o território foi plenamente reintegrado ao Império e, posteriormente, à República brasileira.
Entretanto, a República Rio-grandense está simbolicamente perenizada na bandeira e no brasão do estado do Rio Grande do Sul, da mesma forma que outros estados brasileiros mantiveram em seus símbolos cívicos sinais de movimentos emancipadores, como por exemplo Pernambuco, Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Paraíba. Por sua vez, a cidade de Porto Alegre mostra em seu brasão o título de Mui Leal e Valerosa que lhe foi conferido por D. Pedro II, pela resistência ao cerco imposto pelos republicanos farroupilhas. No interior do estado desenvolveram-se posteriormente cidades cujos epônimos evocam alguns dos protagonistas da época: Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Garibaldi, Farroupilha.

(1) ZANCHET, Dilerman. O Tratado de Poncho Verde. In: Revista Somando. Fundação Cultural Planalto de Passo Fundo.

Material que me foi enviado pela minha amiga, conterrânea e ex-colega, Claudia Pilar Ávila. Grácias.