domingo, 30 de setembro de 2012

PREMIAÇÃO DA 17ª SESMARIA DA POESIA GÁUCHA


Fotos: Estela Lauser
Por volta da meia-noite de sábado, 29 de setembro, foram conhecidos os destaques da 17ª Quadra da Sesmaria da Poesia Gaúcha, o mais importante festival de poemas do Rio Grande do Sul, que nesta edição prestou homenagem a um dos grandes nomes da poesia e da arte declamatória, o declamador Valter Vieira Ribeiro. Com a saúde debilitada, Valter não esteve presente, mas enviou um bonito depoimento, lido no palco por seu amigo e representante Marcos Ferreira.
Na mostra competitiva, forma 11 os poemas concorrentes e mais uma vez saiu consagrado o jovem poeta Henrique Fernandes, de Marau, que conquistou pelo segundo ano consecutivo a primeira colocação entre os poemas participantes.
A comissão avaliadora esteve formada por Jadir Oliveira, Joaquim Moncks e Léo Ribeiro.
Ao final, logo após o espetáculo do cantor Indio Rufino, foram revelados pelo apresentador Jairo Reis os destaques da Sesmaria da Poesia Gaúcha:

POESIA
Primeiro Lugar: EU.. (ESPINHO)
Autor: Henrique Fernandes
Interpretação: Liliana Cardoso
Amadrinhador: Fernando Graciola

Henrique recebe troféu do Prefeito de Osório

Segundo Lugar: APENAS UM POETA LOUCO
Autora: Jurema Chaves
Interpretação: Luiz Afonso Torres
Amadrinhador: Marcus Morais e Bernardo Dahmer

Jurema Chaves recebe troféu de Julio Ribas

Terceiro Lugar: DISPARO DE TROPA
Autor: Cândido Brasil
Interpretação: Neiton Peruffo
Amadrinhador: Cláudio Silveira

Cândido Brasil recebe troféu de Nézio Marçal.

INTÉRPRETE:
Primeiro Lugar: LILIANA CARDOSO
Poema: Eu (Espinho)
Autor: Henrique Fernandes


Segundo Lugar: JAIR SILVEIRA
Poema: Cantigas Para Juvêncio Gonzales
Autor: Luis Cesar Soares


Terceiro Lugar: PRISCILA COLCHETE
Poema: De Heróis e Chacais
Autor: Ari Eliseu Pinheiro


AMADRINHADOR:
Primeiro Lugar: HENRIQUE ARBOITE, PEDRO LUIZ LEMOS E FABRÍCIO VARGAS

Poema: Panta do Mato – Panta do Rio
Autor: Moisés Silveira de Menezes
Interpretação: Natália Fonseca


Segundo Lugar: LUCAS MORAIS E CLARISSA FERREIRA
Poema: Cantigas Para Juvêncio Gonzales
Autor: Luis César Soares
Interpretação: Jair Silveira


Terceiro Lugar: MARCUS MORAIS E BERNARDO DAHMER
Poema: Apenas Um Poeta Louco
Autora: Jurema Chaves
Interpretação: Luiz Afonso Torres


MELHOR TEMA (DECLAMADORES): PRA QUEM ENFRENA UM VERSO
Autores: Cristiano Pereira e Cláudio Silveira
Interpretação: Zeca Pereira
Amadrinhador: Cláudio Silveira

Fonte: blog Ronda dos Festivais

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

RODEIO DE CACHOEIRA DO SUL

Saiu a ordem de apresentação do Rodeio de Cachoeira do Sul, que ocorre neste final de semana. Peleia bem grande, principalmente na Força B. Segue ordem:

FORÇA A
1) CTG Bento Gonçalves - Santa Maria - 13ªRT
2) DTG do Clube Juventude - Alegrete - 4ªRT
3) CTG Porteira dos Pampas - Teutônia - 24ªRT

FORÇA B
1) CTG Gaudério Serrano - Bento Gonçalves - 11ªRT
2) CTG Sentinela dos Pampas - Candelária - 5ªRT
3) CTG Cancela da Fronteira - São Vicente do Sul - 10ªRT
4) CTG Rodeio de Encruzilhada - Encruzilhada do Sul - 5ªRT
5) CTG Rodeio da Saudade - Rio Pardo - 5ªRT
6) CTG 20 de Setembro - Santo Ângelo - 3ªRT
7) CTG Candeeiro da Amizade - Vera Cruz - 5ªRT
8) DTG Poncho Verde - Panambi - 9ªRT
9) GAN Vaqueanos da Cultura - Soledade - 14ªRT
10) DC Alma Gaúcha - Dom Pedrito - 18ªRT
11) CTG Fronteira Aberta - Santana do Livramento - 18ªRT
12) CTG Gaspar Silveira Martins - Ajuricaba - 9ªRT
13) Ponche Verde CTG - Santa Maria - 13ªRT
14) GF Chaleira Preta - Ijuí - 9ªRT
15) Grupo Nativista Ibirapuitã - Alegrete - 4ªRT

Belíssimo evento nas Adultas! Parabéns a organização do CTG Os Gaudérios, de Cachoeira do Sul. Lembrando que a ordem é Mirim, Xirú, Juvenil, Adulta Força B e Adulta Força A. O evento inicia às 09:00, pontualmente.

Premiação para "Melhor Entrada" e "Melhor Saída" em cada categoria.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Fabrício Vargas e Natália Fonseca

 Está chegando a hora! É neste final de semana, a cidade de Osório enche-se de flores para receber esse dois novos nomes da Arte Declamatória do Rio Grande do Sul, Fabrício Vargas e Natália Fonseca.
O Fabrício eu conheço há um bom tempo e sei da capacidade desse parceiro de arte, seu modo de encarar a poesia, sua grandeza de interpretação e a força com que encara cada momento da poesia é de encantar, nós apreciadores do bom verso.

A Natália eu pouco conheço como pessoa, mas sei de sua grandeza. Quando a vi declamando pela primeira vez, na regional do ENART de 2010, me chamou a atenção. A força, a colocação da voz, o modo como coloca cada verso, cada palavra é de arrepiar os bons amantes da poesia. 
Sei que os Poetas Carlos Omar Villela Gomes, Bianca Bergmam e Moisés Menezes, quando emprestaram a sua arte para alavancar a carreira desses dois declamadores, eles já eram sabedores de que suas obras estão entregues em boas mãos.

Eu, como um bom apreciador da bela poesia, estarei aqui torcendo pelos dois, mas sei também que,  ambos já são vencedores, pois só em estar no palco de uma Sesmaria, num CD e num DVD, já é uma grande vitória.
Parabéns, meus amigos e boa sorte aos dois... Ficarei aqui aplaudindo-os!


A POESIA ACAMPA NA SESMARIA DE OSÓRIO


A Sesmaria da Poesia Gaúcha - 17ª Quadra, acontece neste dia 29 de setembro, no plenário da Câmara de Vereadores do município de Osório. Estarão concorrendo 11 poemas, sendo um sobre o tema Declamadores e 10 de temática geral. O homenageado desta edição é o declamador Valter Vieira Ribeiro. A Comissão Avaliadora é formada por Jadir Oliveira, Joaquim Monks e Léo Ribeiro.
Os poemas , na ordem de apresentação:

1) Pra Quem Enfrena um Verso - Tema "DECLAMADORES"
Autores: Cristiano Ferreira Pereira e Cláudio Silveira
Declamador: Zeca Pereira
Amadrinhador: Cláudio Silveira
2) Eu... Espinho
Autor: Henrique Fernandes
Intérprete: Liliana Cardoso
Amadrinhador: Fernando Graciola
3) Lenço Branco
Autor: Rodrigo Bauer
Intérprete: Pedro Júnior Lemos da Fontoura
Amadrinhador: Lenin Nuñez
4) Disparo de Tropa
Autor: Cândido Brasil
Intérprete: Neiton Peruffo
Amadrinhador: Cláudio Silveira
5) Romanceiro da Morte
Autor: Luis Lopes de Souza
Intérprete: Paulo Ricardo dos Santos
Amadrinhador: Natalício Cavalheiro
6) Panta do Mato-Panta do Rio
Autor: Moisés Silveira de Menezes
Intérprete: Natália Fonseca
Amadrinhador: Henrique Arboitte Torrel de Bail e Pedro Luis Lemos
7) In Memória de um Bravo
Autor: Luis Lopes de Souza
Intérprete: Wilson Araújo
Amadrinhador: Natalício Cavalheiro
8) As Asas da Poesia
Autores: Carlos Omar Villela Gomes e Bianca Bergmam
Intérprete: Fabrício Vargas
Amadrinhador: Geraldo Trindade
9) Cantigas para Juvêncio Gonzales
Autor: Luís Cesar Soares
Intérprete: Jair Silveira
Amadrinhadores: Lucas Morais (violão)
Clarissa Figueiró Ferreira (violino)
10) Apenas um Poeta Louco
Autora: Jurema Chaves
Intérprete: Luis Afonso Ovalhe
Amadrinhador: Marcus Morais e Bernardo Dahmer (violino)
11) De Herois e Chacais
Autor:Ari Eliseu Teixeira Pinheiro
Intérprete: Priscilla Alves Colchete
Amadrinhador: Marcus Morais

Fonte Blog Ronda dos Festivais

QUEM ERAM OS BERIVAS?

Os Birivas, ou Berivas, ou Biribas, foram os pioneiros tropeiros que, a casco de mulas, desbravaram e povoaram as regiões de cima da serra e do planalto médio rio-grandense. Tinham um sotaque especial, diferente dos tropeiros fronteiros ou das regiões baixas do estado. O tropeirismo, é a profissão mais antiga do Rio Grande do Sul. Das cinzas dos fogões de acampamento, no rastro das picadas abertas a foices e a facões, brotaram inúmeras cidades no topo da serra. 

No reponte de tropas ou buscando mercadorias não produzidas nas fazendas e levando os excedentes da subsistência, por volta de dois séculos o comércio ficou a cargo desses tropeiros e as distâncias eram encurtadas no lombo de cavalo ou muares (não ocupavam éguas, pois essas se destinavam apenas para procriação). Desde 1700 até a década de 1960 eles vagaram pelas estradas e só abandonaram o posto na segunda metade do século passado. 

Eram homens aparência rude e, devido ao meio em que foram criados, andavam sempre armados. De boa prosa, valorizavam sobremaneira a palavra empenhada. Trocavam, na base de três por um, animais de montaria por animais de descarte. O mesmo barulho do cincerro que lhes anunciava a chegada assinalava a partida...”Num tranquito mais ou menos / chapéu grande desabado / pala solto pelos ombros / um lenço bem espalhado / saboreando uma fumaça / o tropeiro vem voltando / pra alertar o madrinheiro / grita lá de vez em quando...” 

Por andarem tempos e tempos entre os povoamentos, e sem a presença feminina nos acampamentos tropeiros, criaram danças que hoje em dia estão sendo, com justiça, pesquisadas, valorizadas e difundidas. 

Danças birivas 
No decorrer das viagens dos tropeiros, durante as longas noites a beira de um fogo, eles procuravam se descontrair esquecendo a dura lida de viagem e dos sofrimentos que passam. Nessa descontração ao som de violas ou meia-violas surgiram certas cantigas e danças que eram praticadas somente por homens, (pois não existia mulheres nas viagens) eles então mostravam toda a habilidade e criatividade em um prazeroso divertimento. 

Dentre essas danças, foram encontradas e pesquisadas (Por João Carlos Paixão Côrtes) apenas quatro as quais hoje são reconstituídas e praticadas por grandes grupos de dança do Brasil em vários festivais de dança pelo país. 

As danças são: 
Chula - Dança somente masculina (principal característica das danças birivas) na qual os dançarinos se confrontavam, cada qual desejando mostrar suas habilidades coreográficas através de gestuais movimentos e sapateadas, de um e de outro lado de uma haste de madeira, posta devidamente no chão. A haste, no chão, nunca teve historicamente a obrigatoriedade de ser “uma lança”. 
A dança não está diretamente ligada a uma idéia revolucionária ou guerreira. Quanto a sua origem, a chula nunca foi utilizada em disputas, ainda mais por prendas como muitos erradamente acreditam. Aonde em uma liberdade figurativa teatral, de degradação, chegaria uma prenda se esta condicionasse no genuíno meio campeiro a disputa de seus amores ao vencedor de uma chula...? 

Dança dos Facões - Dança onde os bailarinos, cada um deles com dois (2) facões, cadenciam a música com precisas batidas esgrimadas, exigindo assim muita habilidade, destreza e precisão, a fim de evitar cortes ou eventuais acidentes entre os participantes. 
Erroneamente temos visto grupos de bailantes tradicionalistas fazendo deste tema um motivo coreográfico barbaresco, de infundada violência e de medíocre expressão artística fugindo de uma arte folclórica; autêntica. 

Chico do Porrete - Motivo campesino onde, através do movimento de passar um bastão por entre as pernas, por uma mão e outra, e sapateios, traduz habilidade vigor físico do dançante, “baile biriva”, do ciclo antigo do tropeirismo de mula, interligando o Rio Grande do Sul a áreas rurais do centro do Brasil. 

Fandango Sapateado - Herança do colonizador lusitano. Dança onde cada cavalheiro, depois de bailar em círculo e em conjunto, procura exibir sua capacidade de teatralidade , com exuberantes “figuras-solo” sapateadas., ao som do rosetear de nazarenas, das quais muitas delas lembravam e imitavam lides e motivos de campo e de sua origem. Motivo oriundo do século XVIII quando do nascimento do “gaúcho-do-campo”, em sua atividade birivista tropeira. 

Este tema – que é nosso mais antigo tema coreográfico – deu origem à formação do “ciclo do fandanguismo” primitivo rio-grandense, onde aparece posteriormente a dama, formando par

Fonte: Blog Léo Ribeiro

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Ginete monta em cavalo xucro para relembrar força da mulher gaúcha


Foto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS

Entre homens jovens e adultos, campeões e amadores, Erlita Mendes destaca-se pela garra sobre o cavalo xucro. De madeixas a balançar com o pinote do animal, a caxiense não entra na cancha de rodeio para demonstrar força ou coragem. De tento em mãos, a ginete arrisca-se, desde os 18 anos, pelo resgate de uma história – que, para ela, tem linhas mal contadas. — Muito se fala sobre os homens, os heróis que lutaram por nossa terra. Subo no cavalo para representar nossas avós, bisavós e tataravós que domavam animais e cuidavam dos filhos nas estâncias. Quero lembrar que a força feminina também esteve presente na história gaúcha — justifica. Para isso, Erlita percorre o Estado conquistando espaço e premiações em um ambiente tradicionalmente masculino. Uma das únicas mulheres ginetes, aos 27 anos, contabiliza a participação em mais de 30 provas de rodeio – em uma delas, apoderou-se do oitavo lugar em um ranking que incluía 50 homens – e já abriu mais de 150 eventos com apresentações sobre lombo do cavalo. Dos tombos, a ginete recorda de apenas um. Foi quando o cavalo caiu sobre ela quebrando-lhe o braço. Nada grave, afirma. E é com a mesma confiança que responde quando lhe perguntam se sente medo. — É um sentimento que não tenho dentro de mim. O que sinto é uma gana de mostrar, da melhor maneira, o que vim para fazer: lembrar da garra do povo gaúcho, de homens e de mulheres — explica. E se o namorado Paulo Schmidt reclamar, preocupado com as possíveis quedas e machucados, Erlita deixa bem claro: — Ele sabe o que acontece se eu tiver que escolher entre ele e a gineteada. Por enquanto, nada faz Erlita pendurar as esporas Não é o namorado. Também não serão a faculdade de Agronomia, nem a loja de agropecuária que administra em Caxias do Sul, motivos para pendurar as esporas. E, se algum dia isso acontecer, pretende ter repassado tudo o que aprendeu para a próxima geração de sua família. A sobrinha Luíza Gabriela, dois anos, já se mostra como uma forte candidata a aprender um grande segredo de campeã: — Alguns chamam a gineteada como uma peleia entre o homem e o cavalo. Eu penso diferente. Antes de montar, me aproximo do animal e faço uma oração. Rezo para que Deus nos abençoe e que sejamos uma dupla, não adversários. É uma questão de cumplicidade.

Fonte: Zero Hora

Dez lugares míticos da Revolução Farroupilha

"O Zero Hora visitou 10 lugares mitológicos da Revolução Farroupilha, palcos da guerra contra o império, confira no vídeo o que eles guardam na memória."

Galpão Nativo lança nova apresentadora em sua 3ª temporada


Maria do Carmo e Carlos Cachoeira - Crédito Giovanni Rocha

Estreia acontece em 30 de setembro

O Galpão Nativo estreia sua 3ª temporada no domingo, 30 de setembro, às 11h30, e aproveita a ocasião para lançar uma nova apresentadora, a cantora ligada ao folclore uruguaio, Maria do Carmo. Além da nova parceira que atuará ao lado de Carlos Cachoeira, o programa apresenta novo cenário criado pelo cenógrafo Élcio Rossini. 

Participa do programa de estreia da 3ª temporada o grupo Tambo do Bando, composto por Cachoeira, Vinícius Brum, Texo Cabral, Beto Bolo e Marcelo Lehman. O Galpão apresenta também Maria do Carmo e seu conjunto e uma matéria sobre a nova apresentadora.

Maria do Carmo
Nascida em uma família tradicional no folclore uruguaio, Maria do Carmo sempre fez da música o seu combustível. Ainda criança, já tocava piano, violão e se aventurava pelas notas da flauta e do acordeão. Filha de um uruguaio e de uma brasileira, é símbolo da rica mistura entre os dois países, tão presente no Rio Grande do Sul. “O folclore é a minha paixão, minha carreira profissional começou oficialmente há sete anos, mas as raízes culturais gaúchas e uruguaias me acompanham desde sempre”.

A cantora gravou seu primeiro disco em Bagé, cidade que a inspirou pela forte presença da música na área rural e urbana. Desde então se apresenta em shows e festivais pelo Brasil e pelo Uruguai, encantando os públicos por onde passa. Recentemente nomeada ao maior prêmio da música Uruguaia, o Graffiti, encara a apresentação do Galpão Nativo como um grande desafio e espera contribuir muito para o programa. “O intercâmbio entre os países ampliará o regionalismo. As culturas do Rio Grande e do Uruguai são muito parecidas e as interações musicais são brilhantes. Pretendo conhecer e apresentar ao público muitos heróis e artistas da música daqui e aproximar cada vez mais a minha gente”.

Grande adepta da prática de esportes, Maria do Carmo pratica desde o surf até a cavalgada, passando por basquete, ciclismo, yoga e gineteada. “Comecei por uma questão de saúde, com o ballet, agora pratico por filosofia. Por todos os lugares onde passo, tento descobrir as músicas e os esportes que fazem parte das culturas das populações. É uma filosofia de vida, é como eu encontro meu equilíbrio”, explica.

TVE
Galpão Nativo
Domingo, 30/09, às 11h30 / Quarta, 3/10, às 23h e no sábado, 6/10, às 6h

Anahy Metz
Assessora de Imprensa
Fundação Cultural Piratini - TVE e FM Cultura

Erika Martins Benevenute Lopes, 3ª Prenda do Estado do Rio Grande do Sul,

Tenho uma afininidade muito grande com a cidade de São Vicente do Sul, pois ela faz parte da 10ª Região Tradicionalista, região essa que foi meu berço por muitos anos, enquanto fazia parte do Movimento tradicionalista Gaúcho e por muitas vezes frequentei o CTG Cancela da Fronteira. A doce São Vicente do Sul, me traz muitas alegrias, pois lá conheci, ainda menininha, com seus 13 ou 14 anos essa jóia, com uma voz meiga, um olhar terno, um sorriso encantador e uma inteligência impar, que, hoje, tornou-se a 3ª Prenda do Rio Grande do Sul  Erika Martins Benevenute Lopes, pois é ela que recebo, hoje, neste galpão virtual.

 Erika Martins Benevenute Lopes, 3ª Prenda do Estado do Rio Grande do Sul, tem21 anos e orgulhosamente, como ela não se cansa de dizer, é filha do Centro de Tradições Gaúchas Cancela da Fronteira da cidade de São Vicente do Sul – 10ª RT.
Acadêmica do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), cidade onde ela reside, temporariamente, porque vive mais pelo Rio Grande, ostentando essa faixa que muito nos orgulha.

Como começou a tua vida no tradicionalismo?
Vivencio o tradicionalismo de berço. Meus pais me proporcionaram a bela oportunidade de crescer junto a ele, participando do quadro social e representando minha entidade, através da arte rio-grandense musical em festivais nativistas e concursos de intérprete desde criança, além do grande apreço pelas lides campeiras a espelho de meu pai, Ari Jorge Benevenute.
“Ser prenda de faixa” era um sonho que carregava no coração desde menina, no entanto saí de casa muito cedo, aos 15 anos para cursar o ensino médio em Santa Maria no Colégio Riachuelo e antes da realização deste sonho, objetivava minha aprovação na Universidade Federal. Assim ocorreu no ano de 2010, quando ao concluir o ensino médio fui aprovada pelo PEIES e também agraciada com o título de 1ª Prenda do CTG Cancela da Fronteira.

Como foi o teu prendado no CTG Cancela da Fronteira e na 10º RT?
Foi um ano de muito trabalho e dedicação em prol de minha estimada entidade e em 2011, na Ciranda Regional recebi o título de 1ª Prenda da 10ª Região Tradicionalista, como candidata única, fato que me fez desacreditada por muitas pessoas, além da “falta de experiência e de histórico como prenda”. De junho de 2011 à maio de 2012 coloquei a minha frente o OBJETIVO de ser Prenda do Rio Grande do Sul, o FOCO neste sonho e a ABDICAÇÃO de inúmeras coisas, afinal toda grande conquista exige empenho e por este motivo torna-se valorosa.

E para chegar a Prenda do Rio Grande do Sul?
A ORGANIZAÇÃO foi o grande diferencial de minha caminhada. Programei os projetos, os estudos (História, Geografia, Tradição e Folclore), a pesquisa da mostra folclórica, os certificados dos eventos estaduais, minha prova artística... o relatório de atividades, enfim, tudo minuciosamente e com grande carinho a cada etapa da Ciranda Estadual de Prendas.

Para nós, leigos, qual é a função de uma prenda? O que ela faz, quais os objetivos? 
A função de uma Prenda é representar a essência, autenticidade, fibra e coragem da Mulher Gaúcha. Auxiliar a todas entidades e prendas que necessitem de apoio, participar dos eventos que formos solicitadas, zelar pela preservação de nossas tradições e difundir nossa cultura agregando novos soldados ao Movimento Tradicionalista Gaúcho. Naquele momento a 10ª Região Tradicionalista passava por inúmeros problemas, que dificultaram em demasia meu trabalho como Prenda Regional, mas a força e apoio de meus pais, amigos e principalmente dos patrões das entidades fizeram com que conseguisse transpor as dificuldades e chegar até o final da gestão com grande plenitude.

E o trabalho que fizeste na 10ª Região, foi fácil?
Quando assumi como Prenda Regional não haviam na coordenadoria os contados das entidades pertencentes a região e eu os necessitava para enviar os convites dos eventos culturais que realizaria. A saída que achei juntamente com minha família foi visitar os municípios pertencentes a 10ªRT à procura dos patrões. Foi então que estabeleci grandes amizades e o resultado foi na Ciranda Regional de Prendas onde entreguei meu cargo, nela haviam onze prendas concorrentes e cito em especial prendas do município de Toropi que pela primeira vez participaram do concurso e Manoel Viana que mesmo não enviando prendas concorrentes, participou dos eventos culturais e esteve presente no dia. Assim como, fiz questão de em todos eventos que tive oportunidade de desenvolver durante meu trabalho, enviar os convites por correio, email e ainda ligar para confirmar e enfatizar o quão importante era a presença de cada tradicionalista integrante da região, e estes tiveram público em média de 200 a 300 pessoas, fato inédito há anos.

Como foi esse crescimento de sair de tua entidade, ser prenda Regional e agora 3ª Prenda do Rio Grande do Sul?
Literalmente minha trajetória como Prenda e principalmente como Regional, iniciou-se do zero, mas o Patrão Celeste me abençoou com uma família esteio, companheira e com grandes amigos que fizeram meu crescimento. Hoje sou uma representante do meu querido Rio Grande, fato de grande satisfação e orgulho, não somente pela conquista deste título, mas pelos agregados desta caminhada. A Erika de hoje, é uma menina-mulher de maior responsabilidade e maturidade, certa de seus objetivos, pronta para cair e levantar quantas vezes for preciso e para enfrentar os diversos desafios que o destino pode colocar à nossa frente, além de carregar consigo uma bagagem cultural de conhecimentos que serão o diferencial durante toda vida e que despertam os anseios de aprender mais e mais a cada dia.

Como é ser Prenda do Rio Grande do Sul?
Como 3ª Prenda do Rio Grande do Sul, estou realizando um belo sonho, conhecendo intimamente nosso estado, suas belezas, através da convivência com inúmeras pessoas estou realmente presenciando os valores que o gaucho prega, como a hospitalidade, e principalmente, adquirindo uma vasta experiência. Em minha vida particular, são muitos os sonhos ainda não realizados, pretendo retomar com força meu curso superior que por motivo dos estudos e compromissos acabei deixando em segundo plano, além de almejar cantar aos quatro cantos deste Rio Grande sendo uma das representantes da voz da mulher gaúcha e claro, o que toda moça quer, um companheiro para todas as horas (hehehe).

O que achas que tem, se é que tem, para mudar no Movimento Tradicionalista Gaúcho, para ter mais a participação dos Jovens, visto que eu vejo muito pouco a juventude fazendo parte e quando fazem é mais nas invernadas de danças e alguns em Rodeios?
O movimento que vivenciamos deve-se a atitude de oito jovens no ano de 1947 que tiveram a coragem de retomar o tradicionalismo que estava adormecido no coração dos gaúchos. Acredito que os jovens de atualmente necessitam desta coragem para lutarem por aquilo que querem, criticas não adiantam de nada se não houver atitudes e argumentos plausíveis. Meus pais deram-me um embasamento familiar que me ensinou ir atrás das coisas que realmente quero, não somente sonhar, mas buscar realizações. O jovem deixa de participar por estar descontente com algo ou alguém, mas nada faz para que haja mudança.

Qual a mensagem que tu deixas para quem a vê como espelho?
Que a vida é um constante aprendizado, já tive inúmeras decepções e alegrias e delas retiro o máximo para acrescentar em minha caminhada. Estou vivendo intensamente o presente, este sonho terno e belo de “Ser Prenda, a representante da Mulher Gaúcha” e para o amanhã pouco sei, mas carrego comigo a certeza de que tudo farei para conquistar meu espaço e meus anseios com dignidade, a mais bela lição que trago de casa e que foi reafirmada neste encargo de PRENDA!

Muito obrigado Erika Martins Benevenute Lopes, 3ª Prenda do Estado do Rio Grande do Sul, por ter aceitado o meu convite e saibas que tu és exemplo para uma juventude que está vindo ai no tradicionalismo e como conheço-a muito bem, sei que esse trabalho dará muito frutos e que teu prendado muito trará à esse Movimento que de longe assisto e aplaudo nos momentos que acho que devo aplaudir, mas que sou um eterno admirador da luta de pessoas quais a ti.
Mais uma vez nosso agradecimento e que Deus abençoes essa tua caminhada...e sempre que precisares de mim, "eu não sou dono do meu querer..." E que continue nos encantando com essa belíssima voz pelos palcos do Rio Grande, só assim a Pátria Grande do Sul, agradece.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

2º Simpósio do Cavalo Crioulo


Repassar aos novos e antigos crioulistas um pouco da realidade da raça na visão de consagrados criadores é um dos focos da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). Assim, no dia 10 de outubro, a cidade gaúcha de Pelotas sediará o 2º Simpósio do Cavalo Crioulo, no Salão Nobre do Parque de Exposições Ildefonso Simões Lopes.

O evento terá a apresentação de cinco painéis, que tratarão desde o manejo da raça até sua evolução dentro das modalidades equestres. As palestras terão início às 14h e terão como palestrantes o atual presidente da Associação, Manuel Luís Benevenga Sarmento, o presidente eleito Mauro Ferreira, o superintendente do Registro Genealógico Rodrigo Teixeira e os criadores Lauro Martins, Alexandre Pons Suñe e Felipe Caccia Maciel.
O simpósio se realizará durante a 36ª Expofeira de Pelotas e tem inscrições gratuitas pelo site da ABCCC. Faça sua inscrição aqui.

Confira a programação:
10 de outubro (quarta-feira)
13h - Credenciamento
14h - Abertura - Manuel Luís Sarmento
14h10min - Manejo de criação da raça Crioula - Lauro Martins
14h40min - Perguntas
14h55min - Evolução do Cavalo Crioulo nas modalidades equestres Freio de Ouro, Freio Jovem e Freio do Proprietário - Alexandre Suñe
15h25min - Perguntas
15h40min – Evolução do Cavalo Crioulo nas demais modalidades equestres - Felipe Caccia Maciel
16h10min - Perguntas
16h25min - Intervalo
16h45min - Perspectivas e dados estatísticos da criação do Cavalo Crioulo - Manuel Luís Sarmento e Mauro Ferreira
17h15min - Perguntas
17h30min - Mudanças no Regulamento do Serviço de Registro Genealógico e Biotecnologias - Rodrigo Teixeira
18h - Perguntas
18h15min - Encerramento

Fonte: ABCCC

Gato y Mancha - O início de tudo

Desde que Charles Darwin, na sua visita a Argentina, elogiou a habilidade dos pilotos e da qualidade dos nossos cavalos, mas um 24 de abril de 1925 o cavalo Crioulo entrou para a história, porque a partir de Buenos Aires começou uma das passagens mais famosas século.

Ayacucho, 1880. Don Felipe e sua esposa Emilia Solanet G. Testevín encontrou o recomendado "Cardal". Em 1911, o Dr. Emilio Solanet, seleciona e traz a sudoeste Chubut um lote notável de garanhões e éguas marca Coração de rebanhos indigenas, os animais famosos pertencentes à tribo de índios tehuelches Liempichún.
O motor e criador do Criollo: Emilio Solanet, dá-lhe dois cavalos ao professor suíço Aimé Félix Tschiffely: Jack (16) e Spot (15).

Eles partiram da Sociedade Rural, em Palermo.
"Eles são conhecidos o fundo do Sr. Pedro e  Emilio Solanet como criadores do cavalo. Trazido no extremo sul da república, um monte de éguas elite indiana, e sobre esta base uma equipe de animais treinados, cujos descendentes são os atuais campeões. Eles salvaram bem, uma raça que ficou esquecido entre os índios. " A Nação, 20 de agosto de 1925. 

Tschiffely foi convencido da força dos rústicos e queria provar a qualidade dos cavalos nativos.
"Mancha era um excelente cavalo: Ele estava sempre alerta, desconfiado com estranhos e não permitir que nenhum homem, além de mim, chegasse perto ... Se algum estranhos montasse ou se aproximasse dele, ele levantava as patas como aviso, empurrando as orelhas para trás e mostrando que ele estava pronto para morder ... Gato era um cavalo de um caráter muito diferente. domesticado foi mais rápido que seu companheiro de equipe. Quando ele descobriu que seu repertório inteiro e recursos perverso para derrubar falhou, eles resignado à sua sorte e levou as coisas filosoficamente ... Gato y Mancha completamente dominado, nunca vingou ", diz Tschiffely.

"Meus dois cavalos gostavam tanto de mim que eu nunca devia amarrá-los, e mesmo quando ele dormia em uma cabana solitária, apenas deixava-os soltos, confiante de que não ia se afastar mais do que alguns metros e gostaria de esperar na porta na manhã seguinte, quando me cumprimentou com um relinchar amigável. "

Durante a viagem várias vezes cruzou a Cordilheira dos Andes, e foi nesses cruzamentos onde grandes dificuldades encontradas. Excedido 5.900 m. (batendo o recorde de alta), em El Condor El Paso, entre Potosi e Chaliapata (Bolívia) e suportou temperaturas de 18 graus abaixo de zero.
Eles viajaram 21.500 km de distância entre Buenos Aires e Nova York ganhou o recorde mundial de distância.
A viagem ocorreu em 504 etapas, com uma média de 46,2 milhas por dia.
O jornal La Nación disse em sua crônica: "Em Huarmey o guia não poderia ajudar, nem os seus animais Ambos os crioulos wallowed Mancha e Gato, bebeu água e, em seguida, virou-se para a grama com um apetite de leão Huarmey de Casma.

No editorial de 23 de setembro 1928 foi patenteado a conquista: após mais de três anos e cinco meses, Aimé montado Mancha, seu companheiro fiel (Gato tinha que ficar na Cidade do México por ser ferido pro um coice de uma mula), conseguiu a proeza: para chegar à Quinta Avenida, em Nova York levou nos cascos dos seus cavalos crioulos pó de 20 nações percorrido de ponta a ponta, em uma viagem longa e dura mais do que qualquer conquistador, e em seu peito, fita branca e azul, bem merecido como decoração, as cores da Argentina.

Mais de três anos depois de deixar Buenos Aires, a capital Tschiffely chegou em os EUA em 22 de setembro de 1928 (3 anos, 4 meses e 6 dias). 
Ao entrar Nova York, na Quinta Avenida, onde o tráfego interrompido em sua honra totalmente varrido para a Prefeitura, onde o prefeito foi Walker, que antes do Embaixador da Argentina, Dr. Manuel Malbrán e outros personagens deu-lhe a Medalha de Ouro da cidade.

Mancha e Gato voltou para a sua tão desejada pampas (Em 20 dezembro de 1928 Buenos Aires chão pisado novamente). Anos após o cruzeiro de volta e culminou na Argentina, Aimé você começa um dia na Estância "A Cardal". Ele vem para visitar seus amigos, que eu não vi, e com quem compartilhou muitos momentos de alegria e tristeza. 
Se abaixou na entrada da sala, jogou um apito e quando se aproxima dele a trote Gato e Mancha. Eles estavam indo se encontrar com seu companheiro precioso. Aqueles cavalos crioulos heroicos não tinham esquecido dele.

Mancha e Gato morreram em 1947 e 1944, respectivamente. Eles foram atendidos até sua morte pelo compatriota Juan Dindart, na Estância El Cardal. Hoje eles são embalsamados, em exposição no Museu de Lujan, Dr. Emilio Udaondo. Tschiffely Aime, entretanto, continuou a viajar, pela Patagônia, da Espanha e da Inglaterra, mas sempre voltava para a Argentina. Ele morreu em 1954, sua última viagem que ele fez 44 anos depois, quando suas cinzas deixou o Cemitério da Recoleta e foram enterrados no campo que seu amigo tinha Solanet em Ayacucho.

Além de estarem embalsamados no museu de Luja, Gato e Mancha viraram estátuas  na província Argentina, onde muita gente peregrina até hoje, em busca dessa história que poderia virar filme e mostra a força do cavalo crioulo. Gato e Manchão foram o inicio de tudo, para provar a valentia dessa raça que hoje toma conta do mundo e que encanta seus criadores e admiradores, pois o Cavalo Crioulo faz a diferença em rusticidade, temperamento, docilidade e função.

Tradução do google

Até quando vamos endeusar a revolução farroupilha?

Até quando?

Todo os anos eu me pergunto: até quando?

Sim, até quando teremos de mentir ou omitir para não incomodar os poderosos individuais ou coletivos?

Até quando teremos que tapar o sol com a peneira para não ferir as suscetibilidades dos que homenageiam anualmente uma “revolução” que desconhecem? Até quando teremos de aliviar as críticas para não ofender os que, por não terem estudado História, acreditam que os farroupilhas foram idealistas, abolicionistas e republicanos desde sempre? Até quando teremos de fazer de conta que há dúvidas consistentes sobre a terrível traição aos negros em Porongos? Até quando teremos de justificar o horror com o argumento simplório de que eram os valores da época? Valores da traição, do escravismo, da infâmia?

Até quando fingiremos não saber que outros líderes – La Fayette, Bolívar, Rivera – outros países – Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia – e outras rebeliões brasileiras – A Balaiada, no Maranhão, por exemplo – foram mais progressistas e, contrariando “valores” da época, ousaram ir aonde os farroupilhas não foram por impossibilidade ideológica? Até quando a mídia terá de adular o conservadorismo e a ignorância para fidelizar sua “audiência”?

Até quando deixaremos de falar que milhões de homens sempre souberam da infâmia da escravidão? Os escravos. Até quando minimizaremos o fato de que a Farroupilha, com seu lema de “liberdade, igualdade e humanidade”, vendeu negros para se financiar? Até quando deixaremos de enfatizar que os farrapos prometiam liberdade aos negros dos adversários, mas não libertaram os seus? Até quando daremos pouca importância ao fato de que a Constituição farroupilha não previa a libertação dos escravos? Até quando deixaremos de contar em todas as escolas que Bento Gonçalves ao morrer, apenas dois anos depois do fim da guerra civil, deixou mais de 50 escravos aos seus herdeiros? Até quando?

Até quando?

Até quando adularemos os admiradores de um passado que não existiu somente porque as pessoas precisam de mitos e de razões para passar o tempo, reunir-se e vibrar em comum? Até quando os folcloristas sufocarão os historiadores? Até quando o mito falará mais alto do que a História? Até quando não se dirá nos jornais que os farroupilhas foram indenizados pelo Império com verbas secretas? Que brigaram pelo dinheiro? Que houve muita corrupção? Que Bento Gonçalves e Neto não eram republicanos quando começaram a rebelião? Que houve degola, sequestros, apropriação de bens alheios, execuções sumárias, saques, desvio de dinheiro, estupros, divisões internas por causa de tudo isso e processos judiciais?

Até quando, em nome de uma mitologia da identidade, teremos medo de desafiar os cultivadores da ilusão? Até quando historiadores como Décio Freitas, Mário Maestri, Sandra Pesavento, Tau Golin, Jorge Eusébio Assumpção, Spencer Leitman e tantos outros serão marginalizados? Até quando nossas crianças serão doutrinadas com cartilhas contando só meias verdades?

Até quando a rebelião dos proprietários será apresentada como uma revolução de todos? Até quando mentiremos para nós mesmos? Até quando precisaremos nos alimentar dessa ilusão?

Até quando viveremos assim?

Escrito pro Juremir Machado da Silva, Professor  Universitário, Escritor, Colunista do Correio do Povo e da Rádio Guaiba

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

CLASSIFICADOS PARA A INTER-REGIONAL DO ENART

Nos dias 13 e 14 de Outubro de 2012, acontecerá na cidade de Santiago a Inter Regional do ENART, onde estarão os melhores em cada áreas disputando uma vaga para a o ENART que acontecerá em Santa Cruz do Sul.
Veja os Classificados para a Inter Regional.

DANÇAS TRADICIONAIS
FORÇA "A"
C.T.G. BENTO GONÇALVES - SANTA MARIA
C.P.F. PIÁ DO SUL - SANTA MARIA
C.T.G. SENTINELA DA QUERÊNCIA - SANTA MARIA
D.T. QUERÊNCIA DAS DORES - SANTA MARIA

FORÇA "B"
PONCHE VERDE C.T.G. - SANTA MARIA
A.T. PONCHO BRANCO - SANTA MARIA
C.T.G. RINCÃO DE SÃO PEDRO - SÃO PEDRO DO SUL
D.T.C.E. MARCAS DO PAMPA - SANTA MARIA
C.T.F. OS NATIVOS - SANTA MARIA
D.T.G. NOEL GUARANY - SANTA MARIA
GRUPO CAAMI - SÃO SEPÉ

DECLAMAÇÃO FEMININO
Natália Oliveira da Fonseca/ DT Querência das Dores
Carmen Guedes da Luz/ CTG Sentinela da Querência
Loudes Dalla Costa/ CPF Piá do Sul
Aline Linhares/ DTG Noel Guarany
Elisiane Kirchhof/ CTG Bento Gonçalves
Mariane Brondani de Mello/ AT Poncho Branco
Alexandra Mortari/ CTG Bento Gonçalves
Francielle da Silva Vianna/ DTCE Marcas do Pampa
Fernanda Sanots/ CTF Os Nativos
Amanda Felipetto/ Ponche Verde CTG
Jaqueline Machado / CTG Bento Gonçalves
- SUPLENTES
Shaiane Fripp/ CTF Os Nativos
Ticiana Leal / CPF Piá do Sul

DECLAMAÇÃO MASCULINO
Francisco Scaramussa / Querência das Dores
Fabricio Santos Vargas / Querência das Dores
Sergio Guedes / Sentinela da Querência
Nairo Coutinho/ Bento Gonçalves
Juliano Costa dos Santos / Noel Guarany
Peterson da Silva / Querência das Dores
Rafael Santos da Silva / Noel Guarany
Ricardo Cardoso / Querência das Dores
Elheovandro dos Santos / Querência da Medianeira
Luis Lima / Querência das Dores
Felipe da Cruz/ Querência das Dores
Giordano Lima/ Sentinela da Querência
- SUPLENTES
Dilson Stein Flores / Rincão de São Pedro
Jorge A. M. Santos/ Rincão de São Pedro

INTÉRPRETE SOLISTA VOCAL FEMININO
Jayrani da Silva / Querência das Dores
Ana Cláudia Braga / Querência das Dores
Vitória Sampaio / Piá do Sul
Joriê da Rocha / Grupo CAAMI
Gabriela Schuster / Noel Guarany
Ludimila Goulart / Ponche Verde

INTÉRPRETE SOLISTA VOCAL MASCULINO
Paulo Santos / Querência das Dores
Guilherme Monte / Querência das Dores
Lucca Pilla Adams / Sentinela da Querência
Yuri Flores / Ponche Verde
Igor Graeff / Piá do Sul
Joselei Pereira / Querência das Dores
Rafael Silva / Noel Guarany
Leonardo Ulrich / Poncho Branco
Vineton Da Silva / Noel Guarany
- SUPLENTES
Bruno Dutra / Querência das Dores
João Bayer / Rincão de São Pedro

CHULA
Douglas Jardim / DT Querência das Dores
Jackson Wilian de Andrade Dias/CPF Piá do Sul
Juliano Pádua Medeiros/CTG Bento Gonçalves
Wiliam Cantarelli / DT Querência das Dores
Marcelo Brum / DT Querência das Dores
Pedro Almeida/ Grupo CAAMI
Otavio Ribeiro/ DT Querência das Dores
Erick Matos/ DT Querência das Dores
Jeferson Kuntzler/DT Querência das Dores
 SUPLENTES
Robson Andrades/ DT Querência das Dores
Franciel Souza/ CTG Bento Gonçalves

DANÇAS GAÚCHAS DE SALÃO
André Luiz Kirchoff e Elisiane / Bento Gonçalves
Marcelo de Souza e Leticia da Silva / Piá do Sul
Guilherme Ullrich e Natália Santos / Poncho Branco
Denys Costa e Eduarda / Poncho Branco
Eduardo e Sheila Silva / Piá do Sul
Itamar Fraga e Tatiana Teixeira / Sentinela da Querência
Vinicius Pozzer e Daise Saldanha / Sentinela de Querência
Rodrigo Gonçalves e Manoela da Fonseca / Marcas do Pampa
Gustavo Maicá de Souza e Natalia Fonseca / Querência das Dores
Vinicius Silva e Larissa Essi / Rincão de São Pedro
Igor Severo e Luana Dutra / Os Nativos
- SUPLENTES
Rafael Oliveira e Cassiane / Os Nativos
Antõnio Júnior e Júlia Chagas / Querência das Dores
Fonte: Site da 13ª RT

Fotos antigas...Gaúchos. Será?












Raul Quiroga em Santa Catarina


Cacique Mulato


"Cacique mulato." Último cacique Tehuelche no território de Magalhães. Ele viveu com seu grupo em uma reserva perto da Río Turbio.

Constantemente viajando para Punta Arenas para troca de camadas chulengo (quillangos), ovos e penas de avestruz. 

Quando os proprietários invadiram seu território, ele viajou para Santiago para se encontrar com o Presidente, mas não só foi em vão, mas adoeceu e morreu pouco depois. Seus descendentes, sem terra e sem líder, cruzaram a Argentina e perderam no esquecimento. 

Aonikenk ou tehuelches, eram caçadores e grandes pilotos. "Botas de pônei e Bola fazia parte de sua tradição, estes elementos e outros são parte hoje dia do gaúcho cultura dá Patagônia" (Traduzido por Bing)


Fonte: Facebook Fernando Costa